Mais de três mil pessoas se concentram neste sábado (12/02) no centro de Argel para protestar contra o regime político do líder Abdelaziz Bouteflika, diante de um amplo cordão policial que impede o acesso dos manifestantes à praça Primeiro de Maio, coração da cidade, tal como a agência Efe pôde constatar no local.
Os manifestantes foram conduzidos pelas tropas de choque a uma rua adjacente à praça, em meio de um dispositivo policial que conta com tanques, furgões, caminhões com canhões de água e sob o olhar de policiais que portavam fuzis.
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“Estamos fartos deste poder”, gritavam os manifestantes, muitos deles jovens, de diversas classes sociais. Eles empunhavam cartazes com lemas como “abaixo o sistema” e “queremos um país administrado pelos jovens, e não pelos velhos”.
A forte mobilização policial impediu, por enquanto, que os manifestantes cheguem à praça Primeiro de Maio, local de encontro do início da passeata, marcada para as 11h local (8h de Brasília).
Mas, além dos policiais, civis também são acusados de tentar abafar os protestos. “Há jovens pagos pelo poder central com a intenção de causar incidentes violentos” que permitam justificar a intervenção policial, acusam os manifestantes.
Além disso, vários helicópteros da Polícia sobrevoam o centro da cidade desde a manhã deste sábado.
Entre os manifestantes está o presidente de honra da Liga Argelina de Defesa dos Direitos Humanos, Ali Yahia Abdennour.
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