Ao menos 100 mil pessoas protestaram na noite de sexta-feira (03/07) na capital de Honduras, Tegucigalpa, para exigir a renúncia do presidente Juan Orlando Hernández, acusado de corrupção, e para pedir a instalação de uma comissão nacional contra a impunidade.
EFE
Honduras vive onda de protestos nos últimos dias, principalmente na capital, Tegucigalpa
Segundo o jornal hondurenho El Libertador, a multidão saiu da Universidade Nacional Autônoma de Honduras e chegou até os arredores da Casa Presidencial, aproximando-se do acampamento onde se encontram doze manifestantes em greve de fome.
Além de protestar contra a corrupção, os manifestantes exigem que o governo local autorize a ONU (Organização das Nações Unidas) para a formação da Comissão Internacional Contra a Impunidade em Honduras (CICIH), que seria inspirada em uma entidade que funciona há 10 anos na Guatemala, a CICIG.
Trata-se da sexta manifestação do gênero que acontece nas últimas semanas e que faz parte de um movimento chamado “indignados” no país centro-americano.
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A mídia local ainda reportou a repressão e a provocação policial e militar para reprimir os manifestantes, denunciando também a presença de franco-atiradores nos edifícios próximos à sede presidencial, com o intuito de intimidar a multidão.
De acordo com a Agence France Presse, desde janeiro, a Procuradoria investiga o desvio de US$ 300 milhões do IHSS (Instituto Hondurenho de Seguridade Social), no qual o presidente do país estaria envolvido.
Hernández já admitira ter informação de que US$ 94 mil desses recursos “ingressaram” na campanha que, em 2013, levou-o ao poder. Esses fundos teriam sido desviados para funcionários públicos e empresários, a partir de compras superfaturadas de remédios e de equipamentos para hospitais.
EFE
Manifestantes 'indignados' fazem greve de fome na luta por direitos e fim de impunidade no país