Centenas de milhares de pessoas se concentram na Praça Tahrir, no centro do Cairo, para participar de mais uma passeata pela saída do presidente egípcio, Hosni Mubarak. Por volta das 7h – antes do fim do toque de recolher em vigor das 15h até as 8h – já havia cerca de três mil pessoas no centro da capital. Para tentar conter os protestos e seu impacto, o governo voltou a cortar a internet.
Efe
Imagem aérea mostra a Praça Tahrir, zona central do Cairo, pouco após as 10h horário local
No entanto, apesar das interrupções no serviço de internet, os organizadores esperam reunir um milhão de pessoas, na que seria a maior das manifestações até agora. Há uma semana, os egípcios fazem protestos contra a situação política e econômica do país. Outra marcha está marcada para a cidade mediterrânea de Alexandria. Serviços de trens para o local foram suspensos hoje.
Ontem, o presidente Mubarak trocou todo o primeiro escalão do governo na tentativa de acalmar os ânimos. O vice-presidente Omar Suleiman anunciou que vai iniciar conversações com a oposição para fazer uma reforma constitucional. Nos 30 anos de Mubarak no poder, o cargo nunca havia sido ocupado.
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Segundo o vice-presidente, novas medidas serão anunciadas para atacar o “desemprego, pobreza, corrupção e o alto custo de vida”. Também anunciou novas eleições locais para onde houve evidência de irregularidades no pleito parlamentar de novembro passado.
O exército divulgou comunicado em que informa que não irá usar a força contra a população. Pelo menos 100 pessoas morreram nos protestos, ao longo de toda semana, em várias cidades do país.
A TV estatal egípcia registrou ontem uma manifestação pró-governo. Há a expectativa de que outras possam surgir hoje. A recomendação passada pela emissora foi para que os egípcios ficassem em casa.
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