O técnico da seleção de futebol da Argentina, Diego Maradona, estava ao lado do presidente venezuelano, Hugo Chávez, quando este anunciou rompimento das relações diplomáticas com a Colômbia nesta quinta-feira (22/7). Maradona apareceu de surpresa na cidade de Guaíra, no litoral venezuelano e disse o principal objetivo de sua visita é reunir-se com o presidente venezuelano, que ele considera um “dirigente comprometido”.
“É um orgulho estar ao lado dele, porque ele luta por seus ideais, pela gente, por seu país. Estou com ele até a morte”, afirmou Maradona no Palácio Miraflores, onde foi recebido por Chávez.
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Durante o encontro, Maradona e Chávez conversaram sobre futebol e temas políticos, como a IV Cúpula das Américas, celebrada em 2005 em Mar del Plata, e a tentativa norte-americana de impor a Alca (Área de Livre Comércio das Américas).
“Enterramos a Alca e vimos nascer a Alba (Aliança Bolivariana para os Povos da Nossa América)”, disse o ex-jogador de futebol, que participou do movimento para barrar a proposta de Washington.
EFE
Ao lado de Hugo Chávez, o técnico da Argentina assistiu ao anúncio de rompimento com a Colômbia
Sobre o rompimento de relações entre os dois países, Maradona disse que “o povo colombiano não tem culpa” e que apesar de um “histórico conflituoso” com Santos, ex-ministro da Defesa do Governo de Uribe, ele confia na adoção de uma opção mais construtiva em relação à Venezuela por parte do presidente colombiano eleito.
As relações diplomáticas com a Colômbia foram rompidas após uma série de atritos e o embaixador colombiano na OEA (Organização dos Estados Americanos), Luís Alfonso Hoyos, apresentar supostas provas ligando as Farc (Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia) e o ELN (Exército Nacional de Libertação) a Caracas.
Esta semana, Guaíra está sediando um amistoso de basquete com participação da equipe argentina. Mais tarde, Maradona deve dar uma palestra para treinadores de várias modalidades.
Futebol
A visita do ex-jogador gerou especulações em torno do possível desligamento de Maradona da seleção argentina. A imprensa internacional chegou até mesmo a afirmar que o argentino poderia ter ido a Venezuela para negociar o possível comando da seleção local.
Entretanto, Maradona descartou a possibilidade. “Tudo isso é falso. César Farías é um grande técnico e mostrou isso à frente da Venezuela. Eu só vim me encontrar com o presidente Chávez”, disse Maradona em entrevista ao canal esportivo venezuelano Meridiano Televisión.
O Ministério do Esporte da Venezuela anunciou também nesta quarta-feira que Maradona acompanhará o presidente Chávez no ato de graduação de 319 formados na Universidade Ibero-Americana do Esporte, do estado de Cojedes, nesta quinta.
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