A chanceler alemã Angela Merkel assinou nesta segunda-feira (16/12) o acordo que garante a formação da coalizão entre o partido dela, a CDU (União Democrata-Cristã), a CSU (União Social-Cristã) e o SPD (Partido Social-Democrata da Alemanha) e a dá maioria absoluta. Nesta terça (17), o Bundestag (o Parlamento da Alemanha) irá elegê-la oficialmente para o terceiro mandato.
A união dos três partidos para formar maioria foi sacramentada neste final de semana, após os filiados ao SPD terem dado sinal verde para a coligação.
Agência Efe
Sigmar Gabriel (esq.), do SPD, Angela Merkel (CDU) e Horst Seehofer (CSU) assinaram o “Contrato de coalizão” nesta terça
O acordo, chamado de “Contrato de coalizão”, traz os pontos que foram discutidos durante a negociação para a formação do governo. Entre eles, a implantação de um salário mínimo de € 8,50 por hora, o pedágio para motoristas de fora da Alemanha e a redução de preços de medicamentos, apesar de ainda haver discordâncias sobre alguns temas específicos.
Neste final de semana, Merkel anunciou como fica o novo governo. Os ministros do FDP (Partido Democrático Liberal), que não atingiu a cláusula de barreira nas eleições de setembro e ficou sem representação no Bundestag, deixam os cargos – entre eles, a vice-chancelaria, que passa a ser ocupada por Sigmar Gabriel, líder do SPD. Ele acumula também o “superministério” de Economia e Energia.
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Outro membro do FDP que deixa o governo é Guido Westerwelle, atual ministro de Relações Exteriores. Para o lugar dele, volta Frank-Walter Steinmeier, que já esteve no cargo no primeiro governo Merkel, entre 2005 e 2009, época em que CDU, CSU e SPD se coligaram.
A chanceler aproveitou a movimentação para tirar do cargo de ministro da Defesa Thomas de Mazière, recentemente envolvido em um escândalo sobre a compra de drones (aviões não tripulados) para o país. Ele retorna ao Ministério do Interior, cadeira que ocupou na primeira metade do atual governo.
Nas eleições de 22 de setembro, o bloco de Merkel ficou a quatro assentos de conseguir maioria no Bundestag. Segundo o resultado final, a União (CDU + CSU) obteve 41,5% dos votos, contra 25,7% do SPD, 8,6% do “A Esquerda” (Die Linke) e 8,4% dos Verdes. O FDP registrou 4,8% e não conseguiu representação no Parlamento.