Mesmo com países alcançando níveis recordes de desemprego e impossibilitando os países da zona euro de atingirem níveis de crescimento econômico, a chanceler alemã Angela Merkel voltou a pedir nesta segunda-feira que os países adotem ainda mais medidas de austeridade fiscal.
Em coletiva de imprensa, ela reconheceu que alguns dos países afetados “estão em uma fase em que a redução do déficit está provocando efeitos negativos no crescimento econômico”. “Estamos em um momento recessivo, mas o caminho para sair da crise passa pela implementação do pacto fiscal, para não repetirmos as falhas do passado e para a melhora da competitividade”.
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Para isso, na opinião da alemã, ela instou aos países em situação de maior descontrole de suas dívidas públicas para seguirem a curto prazo com as reformas acordadas com a Troika (grupo formado por BCE [Banco Central Europeu], Fundo Monetário Internacional e Comissão Europeia) e que fomentem o crescimento e a geração de emprego sem “maiores custos econômicos”, o que se deduz na redução de salários e direitos trabalhistas. Segundo ela, essas medidas já estão gerando frutos em países como Espanha e Portugal, que sofrem um aumento em suas exportações.
Ela também considerou, por outro lado, pouco provável que o mecanismo europeu integrado ao BCE que deverá supervisionar a atuação do setor bancário de maneira uniforme na União Europeia possa estar em pleno funcionamento já a partir de janeiro. Sem ele, não haverá uma capitalização direta dos bancos.
A criação de um órgão supervisor único [cuja abrangência ainda será decidida se valerá para os seis mil bancos da zona euro ou somente para as instituições maiores, como pretende a Alemanha] é o único requisito prévio para que o Mede (Fundo Permanente de Resgate Financeiro) possa salvar bancos da falência. Esse aporte beneficiaria, de início, instituições bancárias na Espanha, que prevê um empréstimo de cem milhões de euros.
(*) com agênciasde notícias internacionais