Milhares de pessoas simpatizantes ao governo do Irã voltaram às ruas neste sábado (06/01) e também neste domingo (07/01), em uma reação contrária à série de protestos do final de dezembro e começo de janeiro, que tinham caráter antioficialista.
Neste domingo, as movimentações aconteceram nas cidades de Rasht, Yazd, Shahr-e Kord e Qazvin. No sábado, os protestos se concentraram em Sari, Amol, Yazd, Semnan, Kerman e Ilam.
Os atos de apoio ao governo iraniano acontecem logo após o ministro das Relações Exteriores, Mohamad Javad Zarif, qualificar a reunião de sexta (05/01) no Conselho de Segurança da ONU, requerida pelos Estados Unidos para discutir os protestos, como “outro equívoco na política externa” do governo do presidente Donald Trump.
Em sua conta no Twitter, Zarif disse que o Conselho de Segurança rejeitou a “tentativa norte-americana de se apropriar do seu mandato”. “A maioria (dos países) insistiu na necessidade de implementar plenamente o JCPOA (acordo nuclear) e de se abster de interferir nos assuntos internos dos demais”, acrescentou o chefe da diplomacia iraniana.
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Reprodução
Protesto em Yazd a favor do governo iraniano aconteceu neste domingo
Durante a reunião de emergência da ONU, os Estados Unidos acusaram o Irã de “privar seu povo dos principais direitos humanos” e de financiar “ditadores e assassinos”.
O encontro foi pedido por Washington, com discordância da Rússia e da China, por causa das manifestações que já deixaram mais de 20 mortos no país persa entre o fim de 2017 e o começo de 2018.
As autoridades iranianas acusam uma conspiração estrangeira de estar por trás das manifestações e, desde o começo desta semana, incentivam marchas dos partidários do sistema para mostrar um apoio popular ao governo.
“O inimigo sempre esperou por uma oportunidade e uma brecha para entrar e golpear a nação iraniana. Durante os eventos dos últimos dias, os inimigos do Irã se aliaram para criar problemas para a República Islâmica com diferentes ferramentas em suas mãos, incluindo dinheiro, armas e organizações políticas e de segurança”, disse, na terça (02/01), o aiatolá Khomeini.
(*) Com Ansa