A tragédia da Mina San José ainda não é um assunto encerrado. Quase um ano após o acidente que manteve 33 trabalhadores mineiros presos durante 70 dias a uma profundidade de mais de 700 metros, a justiça chilena acolheu um processo em que as vítimas pedem uma compensação do Estado por danos morais e falta de precauções em termos de segurança.
Na ação registrada nesta sexta-feira (15/07), os trabalhadores exigem uma indenização de 7,7 bilhões de pesos chilenos (cerca de 26,4 milhões de reais). O advogado do grupo, Edgardo Reinoso, classificou o acidente como uma”terrível negligência por parte do Sernageomin” (Serviço Nacional de Geologia e Mineração do Chile, orgão responsável por autorizar a exploração de jazidas que tem a segurança necessária).
Leia mais:
Acidentes em minas no Chile já mataram onze após resgate de mineiros
“Nenhuma casa foi construída”, diz prefeito de cidade chilena devastada por terremoto de 2010
Chile: 500 mil pessoas passaram a ser pobres após terremoto de 2010
Mineiros chilenos são vítimas da flexibilização trabalhista
Mineiro sobrevivente comemora fim do ano em que ficou soterrado no Chile
Segundo Reinoso, o órgão estatal “não atuou com a devida celeridade para evitar que a mina seguisse operando, apesar de possuir informes onde claramente se dizia que não haviam as devidas condições de segurança para os trabalhadores, os quais detalhavam inclusive os problemas mais graves, como a falta de ventilação e a precariedade das saídas de emergência”.
Cada um dos 31 mineiros envolvidos no processo, registrado na 9ª Vara da Corte Civil de Santiago, receberia 250 milhões de pesos chilenos (o equivalente a 250 mil reais). Além deste processo, os mineiros também esperam sustentam uma demanda contra Alejandro Bohn, e Marcelo Kameny, donos da Mineradora San Esteban, proprietaria da Mina San José, onde se deveria conhecer, nos próximos dias, o parecer do Ministério Público a respeito do grau de responsabilidade dos empresários no acidente, o que determinaria que tipo de indenização se poderia solicitar às vítimas.
Siga o Opera Mundi no Twitter
Conheça nossa página no Facebook
NULL
NULL
NULL