O norte-americano Leonard Weinglass, conhecido por ser advogado de defesa do fundador do Wikileaks, Julian Assange, e dos cinco cubanos presos nos Estados Unidos acusados de espionagem, faleceu nesta quarta-feira (23/03), quando completaria 78 anos. Desde janeiro deste ano, ele se encontrava em fase crítica de câncer, e não resistiu a uma cirurgia de urgência, de acordo com o site Cuba Debate.
Também conhecido como Lenny, ele se formou em direito em 1958, na Universidade de Yale, e tornou-se mundialmente conhecido por defender acusados de crimes políticos. Entre seus casos de maior destaque estão os “Oito de Chicago”, réus acusados de conspiração e incitamento de motim durante protestos em Chicago, Illinois, contra a Guerra do Vietnã (1964-1975).
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Defendeu também Daniel Ellsberg, ex-analista militar norte-americano que revelou documentos secretos dos EUA denunciando violações de direitos humanos na Guerra do Vietnã, e a militante socialista Angela Davis, terceira mulher a ingressar na Lista dos Dez Fugitivos Mais Procurados do FBI.
Antes de morrer, ele defendia o grupo cubano conhecido como “Os Cinco”. Eles cumprem penas que variam entre 15 anos e prisão perpétua em presídios federais nos EUA. Agentes do serviço de inteligência de Havana, os cinco foram presos em Miami em 1998, e processados por espionagem.
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Segundo a imprensa cubana, antes de ser internado pela última vez, Weinglass entregou recomendações a colegas sobre os próximos passos jurídicos que deveriam ser adotados no caso dos Cinco.
Leonard Weinglass contribuía também para a defesa do fundador do site Wikileaks, Julian Assange, acusado de estupro pela Justiça sueca.
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