Entidades e representantes dos movimentos sociais marcaram para sexta-feira (11/02) uma manifestação em frente a Embaixada do Egito, em Dacar, onde acontece a 11ª edição do Fórum Social Mundial.
Em assembleia, os movimentos sociais deliberaram que querem apoiar e mostrar solidariedade aos povos do Egito, da Tunísia e do mundo árabe. A reunião foi realizada na Universidade Cheik Anta Diop. De acordo com o texto, “suas lutas [dos egípcios] estão iluminando o caminho para outro mundo, livre da opressão e exploração”.
Na carta, os movimentos sociais também dizem que apoiam a Costa do Marfim e os povos da África e outros continentes a lutar pela soberania e participação democrática. Eles defendem a “autodeterminação dos povos”.
Leia mais:
Em rede nacional, Mubarak reafirma que permanecerá no comando até setembro
Egito: protestos contra o governo são ampliados e ultrapassam limites da praça Tahrir
Demandas de manifestantes incluem criação de governo civil, diz especialista
Repressão, controle da economia e apoio internacional sustentaram Mubarak, avaliam historiadores
Os militares e o futuro do Egito
O texto denuncia “o papel de atores como bancos, empresas transnacionais, a mídia de massa e as instituições internacionais que, na busca constante pelos lucros máximos, continuam com suas políticas intervencionistas de guerra, ocupação militar, as chamadas 'missões humanitárias', novas bases militares, pilhagem de recursos naturais, explorações dos povos e manipulação ideológica”. Eles completam que “com o capitalismo, não há saída para a crise”.
Outro ponto aprovado na assembleia foi declarar 20 de março como o Dia da Solidariedade Internacional para com os povos africano e árabe, com a resistência dos povos palestino e do Saara Ocidental, as mobilizações europeia, asiática e africana contra os planos de ajustes e da dívida e com todas as lutas em curso na América Latina. O dia 12 de outubro foi aprovado como o Dia Global de Ação contra o Capitalismo.
Os movimentos sociais criticiram o “uso de bases militares imperialistas para disparar conflitos, exercer controle ou pilhar recursos naturais ou apoiar iniciativas anti-democráticas como o golpe em Honduras e a ocupação militar no Haiti (…), Afeganistão, Iraque, na República Democrática do Congo e em muitos outros [países]”.
A assembleia convocou a militância a fazer manifestações em encontros de lideranças internacionais como o G20 e o G8, na 17ª Conferência das Nações Unidas sobre Mudança Climática (COP 17), em Durban, África do Sul e na Rio + 20, que ocorre no ano que vem no Brasil, “para reassegurar os direitos naturais e das pessoas e bloquear o ilegítimo Acordo de Cancún”. O Acordo de Cancún foi estabelecido em dezembro do ano passado, na COP 16, com a aprovação do Fundo Verde e a extensão do Protocolo de Kyoto para além de 2012.
Siga o Opera Mundi no Twitter
Conheça nossa página no Facebook
NULL
NULL
NULL