Com a popularidade em alta entre a população asiática, o presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, iniciou a primeira visita oficial à Ásia hoje (13), após desembarcar em Tóquio. Na pauta do líder está o incremento das relações econômicas com os países da região e a renovação da parceria de longa data com os japoneses.
O presidente se reunirá com o primeiro-ministro Yukio Hatoyama para falar de assuntos como a guerra do Afeganistão, depois que o Japão anunciou que destinará até 5 bilhões de dólares durante os próximos cinco anos à reconstrução nesse país.
Outro tema que deve ser levantado com os japoneses é a presença militar dos EUA na ilha de Okinawa. Hatoyama tem afirmado que pretende abandonar um impopular plano de construção de uma nova base na ilha.
Popularidade
Obama também se aproveitará do alto prestígio que mantém para se aproximar da sociedade civil durante a viagem. Em Xangai, terá um encontro com estudantes; percorrerá a cidade de Pequim; e em Tóquio pronunciará um discurso sobre o envolvimento norte-americano na região.
Segundo afirmou à Agência EFE o diretor para a Ásia do Conselho de Segurança Nacional da Casa Branca, Jeffrey Bared, a ideia é “aproveitar os dons de comunicação” de Obama para transmitir a mensagem de que a região importa realmente para Washington e de que os laços na luta contra o terrorismo não são limitados, como é considerado em certos círculos asiáticos.
China
Quanto a China, Obama trabalhará em um cenário onde a taxa cambial fixa entre o dólar e o yuan, que vem sido mantida baixa, incomoda os norte-americanos. A moeda chinesa tem uma taxa de câmbio fixa de 6,83 yuan por dólar, que favorece as exportações do país asiático para os EUA. O governo chinês deu indícios de que vai acolher o apelo de Obama por uma nova taxa de câmbio.
Com o déficit comercial com a China estimado em cerca de 143,7 bilhões de dólares, somente nos primeiros nove meses deste ano – e um nível de desemprego superior a 10% da população economicamente ativa -, Obama está sofrendo pressão para mudar a balança comercial com Pequim.
Os EUA chegaram a aplicar sanções sobre os pneus e tubos de aço chineses, desencadeando uma disputa comercial que desagradou Pequim.
O presidente ainda vai passar por Cingapura, onde participa da cúpula da Apec (Cooperação Econômica da Ásia e do Pacífico), e a capital sul-coreana, Seul.
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