“Povos do Mundo Unidos contra o Terrorismo”. Sob este lema, milhares de pessoas se deslocaram para Túnis, capital da Tunísia, onde participam da segunda edição do FSM (Fórum Social Mundial). Nesta quarta-feira (24/03), cerca de 20 mil ativistas participaram da marcha de abertura do evento, nas proximidades do museu de Bardo, onde há seis dias um atentado terrorista, reivindicado pelo EI (Estado Islâmico), matou 22 pessoas.
Mídia Ninja
“Povos do mundo unidos em solidariedade a todas as vítimas do terrorismo e de todas as formas de opressão” é um dos slogans do evento
A expectativa dos participantes do evento é que o fórum ajude a encontrar respostas para os problemas que a crise econômica internacional trouxe para os países e para os povos. O fórum espera reunir cerca de 60 mil pessoas e tem quase 1,1 mil atividades previstas entre 24 e 28 de março. Mais de 4 mil organizações de 118 países estão inscritas para participar do evento.
De acordo com a jornalista Renata Mieli, do centro de estudos Barão de Itararé, “o primeiro desafio do FSM é harmonizar uma posição entre as várias organizações e movimentos internacionais que participam do Fórum diante da violência sofrida pelos tunisianos e todas as formas de terrorismo e violações de direitos humanos e contra as soberanias nacionais em curso no mundo”.
Mídia Ninja
Mesmo com chuva e temperatura em torno de 15 graus, cerca de 20 mil pessoas se reuniram na marcha de abertura FSM
NULL
NULL
Junto ao FSM é realizado também o Fórum Mundial de Mídia Livre, que tem o objetivo de debater as garantias à liberdade de expressão e também as violações à livre comunicação. Reunindo ativistas e comunicadores, o encontro discute a luta por uma outra comunicação no mundo. Ao final do evento deverá ser aprovado um documento de princípios para uma mídia plural e independente, a chamada carta mundial de mídia livre.
Agência Brasil
No anfiteatro da Faculdade de Direito da Universidade El Manar, mulheres pediram menos violência e mais igualdade de gêneros
Tunísia
A Tunísia é considerada o berço da Primavera Árabe, a série de levantes populares que derrubou governos autoritários na região. No ano passado, o país promoveu eleições parlamentares e elegeu o líder do partido laico Nidaa Tounès, Beji Caid Essebsi, o primeiro presidente a ser eleito democraticamente desde a independência do domínio francês, em 1956.
Também foi aprovada uma nova Constituição, considerada uma das mais avançadas do Oriente Médio, que dividiu o poder entre o presidente e o primeiro ministro. Mas, apesar dos avanços no âmbito político, o país também enfrenta desafios econômicos. Mais de 25% dos tunisianos vivem abaixo da linha da miséria, com menos de dois dólares por dia e 10% estão desempregados.