Um dia depois do primeiro discurso do líder do Hamas, Khaled Meshal, em Gaza, na ocasião do aniversário de 25 anos do movimento islâmico, o primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, afirmou que “o inimigo nos mostrou seu verdadeiro rosto nas últimas 24 horas”.
Agência Efe
Em reunião semana, o primeiro-ministro disse que Israel “se sobreporá ao inimigo”, em alusão ao Hamas, que governa Gaza
A declaração de Netanyahu ocorreu durante reunião do Conselho de Ministros, na qual, entre outros assuntos, discutiu-se o posicionamento de Meshal.
No sábado (08/12), o líder do Hamas pregou a união com os outros movimentos palestinos, como o Fatah, de Mahmoud Abbas, que também é presidente da ANP (Autoridade Nacional Palestina), e disse que nunca reconhecerá a ocupação israelense.
“O Estado de Israel se sobreporá ao inimigo, que não tem nenhuma intenção de chegar a um compromisso de paz”, afirmou Netanyahu.
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“Não há ilusão. Queremos uma paz verdadeira com nossos vizinhos, mas não somos cegos perante a realidade. Não cometeremos outro erro como o da iniciativa unilateral como a que levou ao Hamas ao poder em Gaza”, continuou o premiê.
Netanyahu também fez referência às críticas que tem sofrido desde que anunciou a construção de 3.000 casas para colonos israelenses, em retaliação ao novo statua da Palestina da ONU, de Estado observador.
“Devemos permanecer firmes diante das pressões internacionais e isso é o que a liderança israelense fará: se afastar das ilusões e defender os interesses de Israel”, argumentou.
Neste domingo, o presidente de Israel, Shimon Peres, também deu duras declarações sobre o líder do Hamas, que classificou como “uma organização terrorista embebida em sangue e que traz pobreza, fome e sofrimento a seu povo”.
Diferentemente do primeiro-ministro, porém, Peres se mostrou favorável a uma negociação com Abbas, por ser uma opção melhor do que Meshal.