A Nigéria evacuou seu pessoal diplomático na Costa do Marfim após a embaixada nigeriana em Abidjan ser atacada nesta quarta-feira (22/12). O ministro de Exteriores nigeriano, Odein Ajumogobia, porém, não explicou quem e quando realizou o ataque à embaixada nem outros detalhes.
A Nigéria ocupa a Presidência rotativa da Comunidade Econômica dos Estados de África Ocidental (Cedeao) e está envolvida na resolução do conflito pós-eleitoral da Costa do Marfim.
O conflito iniciou após o segundo turno da eleição presidencial de 28 de novembro passado, quando o atual líder, Laurent Gbagbo, se negou a abandonar a presidência, após dez anos no poder, apesar da Comissão Eleitoral Independente ter proclamado a vitória de seu oponente, Alassane Ouattara, reconhecida pela comunidade internacional.
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A Costa do Marfim está à beira do reatamento da guerra civil, que já dividiu o país entre 2002 e 2007, com o sul controlado pelos militares leais a Gbagbo e o norte pelo grupo Forças Novas, que não se desarmou após o conflito.
Em cúpula extraordinária, realizada no último dia 7 em Abuja, os líderes da Cedeao, liderados pelo presidente nigeriano, Goodluck Jonathan, suspenderam a Costa do Marfim do bloco, respaldaram a vitória de Outtara e exigiram a Gbabgbo que deixasse pacificamente o poder para facilitar a transição política no país.
O grupo regional tem prevista uma nova cúpula extraordinária para a próxima sexta-feira em Abuja, a fim de estudar a situação da Costa do Marfim e adotar medidas a respeito.
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