Uma agente penitenciária foi assassinada nesta segunda-feira (26/7) em uma cadeia no estado mexicano de Durango, em meio a protestos de detentos e suas famílias para a restituição da diretora do local, acusada de autorizar a saída de presos para cometer crimes.
Na Cidade do México, parlamentares da oposição a Felipe Calderón exortaram os governos federal e estaduais a fazerem uma “revisão exaustiva” sobre a situação das penitenciárias do país.
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Os coordenadores no Senado do Partido Revolucionário Institucional (PRI), Manlio Fabio Beltrones, e do Partido da Revolução Democrática (PRD), Carlos Navarrete, disseram que o caso de Durango poderia ser só “a ponta do iceberg da corrupção e da conivência dos diretores de cadeias com o crime organizado”.
A procuradoria local informou que a agente morta, que se chama Ofelia Lares Rodríguez, foi vítima de golpes de arma branca em diversas partes do corpo, sem que até o momento tenha sido determinada o motivo do assassinato.
O corpo de Lares apareceu concomitantemente aos protestos que pedem a volta de Margarita Rojas, afastada devido à investigação sobre a eventual permissão para que réus pudessem sair e cometer crimes, após os quais voltariam às celas.
O esquema foi revelado pela Justiça do México no domingo, quando foi dito que presos desta cadeia de Durango foram os responsáveis por ao menos 35 homicídios em dois bares e uma fazenda da cidade de Torreón, no estado de Coahuila.
O mais recente deles ocorreu em 18 de julho, quando 17 pessoas que participavam de uma festa foram mortas. Segundo a procuradoria, os criminosos usavam inclusive armas que pertenciam à cadeia.
Nos protestos em que pedem a restituição de Rojas os detentos exigem também a saída dos policiais federais e militares que vigiam o interior da penitenciária, além de acusar o governo de fabricar culpados em torno dos crimes.
Eles se dirigiram ao telhado da construção e mostraram faixas a favor da diretora, com dizeres como “Queremos Margarita” e “Justiça”, enquanto suas famílias faziam o mesmo do lado de fora.
O México é assolado por uma intensa onda de violência que já matou mais de 25 mil pessoas, segundo dados oficiais, desde que Calderón assumiu o governo e instituiu uma política de militarização do combate ao narcotráfico.
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