Um dos dois agentes humanitários norte-americanos infectados com ebola na África Ocidental será encaminhado para tratamento no hospital universitário Emory em Atlanta, EUA. O paciente, cujo nome não foi revelado, mas que está em “condições graves”, deve chegar ao local nos próximos dias, anunciou a instituição em nota.
“O hospital da Universidade de Emory tem uma unidade especial de isolação em colaboração com o Centro de Controle e Prevenção de Doenças para tratar pacientes que foram expostos a determinadas doenças seriamente infecciosas”, diz o comunicado.
De acordo com o hospital, a unidade especial é uma das quatro instalações de alto nível para segurança e isolamento de pacientes nos Estados Unidos e seus funcionários estão preparados para esse tipo de situação.
Hoje, a chefe da OMS (Organização Mundial da Saúde), Margaret Chan, disse que o surto do vírus na África Ocidental está fora de controle aos presidentes de Guiné, Libéria, Serra Leoa e Costa do Marfim em reunião em Conacri (capital da Guiné).
Efe
Funcionários de saúde na Libéria caminham por campos de isolação de infectados com vírus
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“Esse surto está se movendo mais rapidamente do que os nossos esforços para controlá-lo. Se a situação continuar a piorar, as consequências podem ser catastróficas em termos de perda de vidas, mas também severas perturbações socioeconômicas e alto risco de disseminação para outros países”, declarou Chan, segundo a Reuters.
Segundo os últimos dados divulgados pela OMS, este surto já infectou cerca de 1.323 pessoas e matou pelo menos 729. O vírus do ebola não tem cura ou vacina, tendo como tarefa médica primordial o alívio do sofrimento. Entre os sintomas, destacam-se febres altas, dores violentas, náuseas, vômitos e hemorragias.
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No entanto, as chances de sobrevivência dos pacientes aumentam se eles receberem cuidados adequados, incluindo hidratação constante e tratamento para infecções secundárias.
Entre as principais vias de propagação, o ebola se transmite por contato direto com o sangue, os fluidos ou os tecidos dos indivíduos infectados. Nesse sentido, para evitar que haja contaminação, os familiares devem ser impedidos de tocar os corpos dos falecidos.