O número de chineses que vivem abaixo da linha da pobreza vai aumentar. Como Pequim passará a adotar os padrões de pobreza nacional da ONU (indivíduos que vivem com menos de US$ 1 por dia), o número irá de quase 27 milhões para a marca dos 100 milhões.
Segundo a agência oficial “Xinhua”, o primeiro-ministro chinês, Wen Jiabao, anunciou a mudança em uma conferência sobre programas de alívio à pobreza nesta terça (29/11) no Grande Palácio do Povo, em Pequim, ao lado do presidente Hu Jintao.
Pequim considerava pobre aquele com renda inferior a US$ 0,53, mas a partir de agora entrarão nesta classificação os que vivem com menos de US$ 0,98. Aumenta, assim, o número de candidatos a benefícios do Governo.
A decisão foi tomada duas semanas depois do Governo chinês revelar que nos últimos 10 anos o número de chineses vivendo na extrema pobreza passou de 94,2 milhões de habitantes há uma década para os 26,8 milhões atuais. O novo número ultrapassa a primeira estimativa.
“Nosso objetivo para 2020 é garantir que os pobres do país não tenham de se preocupar com alimentos e roupas. Também garantir o acesso à educação, serviços sanitários básicos e moradia”, declarou nesta terça o presidente Hu.
O regime comunista chinês garantiu que nos 30 anos de reforma e abertura econômica do país saíram da pobreza entre 300 e 400 milhões de pessoas. Entre 2001 e 2007, contudo, de acordo com variação no índice de distribuição de renda – o Gini – a China aumentou sua desigualdade em 1,7 pontos percentuais.
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