Desde primeiro de agosto, os parisienses devem pagar para estacionar em todas as ruas da capital francesa, reportou o jornal Le Monde nesta semana. Antes da decisão, tomada pela administração da prefeita do PS (Partido Socialista), Anne Hidalgo, ao menos 60% das ruas da cidade eram gratuitas.

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Carro estacionado próximo à Praça da Concórdia, situada na região central de Paris

“É normal e é lógico que os automobilistas paguem um preço justo”, declarou Christophe Najdovski, responsável de transportes da Prefeitura de Paris. “O uso do espaço público custa dinheiro ano após ano para a coletividade, além disso, a gratuidade do estacionamento era um incentivo ao uso de carros”, acrescentou o ecologista.

A medida, contudo, não é das mais populares. Para a direita francesa, a prefeitura usa todos os recursos “para conseguir alguns trocados”, criticou o subprefeito do 1° distrito de Paris, o oposicionista Jean-François Legaret.

“Sob o manto de argumentos ecológicos, a política de Anne Hidalgo obedece unicamente objetivos financeiros”, alfinetou Nathalie Kosciusko-Morizet, que disputou com Hildago a prefeitura, no ano passado.

A decisão faz parte de uma reforma proposta em dezembro de 2014. Desde primeiro de janeiro de 2015, por exemplo, a gratuidade parcial foi suprimida aos sábados e, durante a semana, quem estacionasse nas ruas era obrigado a pagar até as 20h em vez de até as 19h, como nos anos anteriores.

Desde o início do ano, as tarifas também haviam subido para estacionar em zonas residenciais e o pacote de estacionamento diário aumentou de € 3,25 para € 9. Desse modo, um parisiense que estaciona o ano inteiro passa a pagar de € 169 a € 153 na capital francesa.

Com a reforma, estima-se que a prefeitura obtenha € 50 milhões em receitas suplementares para 2015.