O boxeador norte-americano Mike Tyson foi proibido de ingressar no território da Nova Zelândia nesta terça-feira (02/10). Autoridades decidiram cancelar seu visto após levarem em conta uma condenação por estupro que o ex-atleta sofreu nos Estados Unidos.
Tyson havia recebido um visto para viajar à Nova Zelândia e angariar fundos para a organização educacional Life Education Trust. No entanto, Kate Wilkinson, ministra adjunta de Imigração, revelou ao jornal britânico The Guardian que a entidade cancelou todo seu apoio ao ex-atleta e que agora alega não ter “nada a ver com ele”. Oficiais australianos estão considerando adotar posicionamentos semelhantes.
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O diretor-executivo da Life Education Trust, John O'Connell, diz que já há um bom tempo decidiu não aceitar mais doações de Tyson, receoso de que o caráter do boxeador possa prejudicar a imagem da organização. De acordo com ele, a carta enviada às autoridades imigratórias pedindo apoio a Tyson foi um engano de um voluntário.
Mesmo diante da proibição, os organizadores da palestra de Tyson decidiram não interromper a venda de ingressos. Max Markson, promotor do evento, disse que, se não conseguir trazer o atleta para o país, irá reembolsar os compradores. Ele se diz confiante de que a Austrália concederá um visto e de que a Nova Zelândia irá reverter a decisão. “Ele só ficará no país por 20 horas. Não acredito que representa um perigo para alguém e milhares de pessoas querem vê-lo”, argumenta.
Em 1991, Tyson foi condenado a seis anos de prisão pelo estupro de uma jovem de 18 anos em um hotel da cidade de Indianapolis. Ele cumpriu três anos de prisão e logo após conquistou liberdade condicional. Antes de ter seu visto cancelado, o boxeador conversou com a agência de notícias neozelandesa APNZ e disse que estava ansioso para conhecer os indígenas maori, cujos desenhos e gravuras inspiraram a tatuagem que tem no rosto.