(Atualizado às 16h)
Um dia após o primeiro aniversário da reeleição do presidente Mahmoud Ahmadinejad, a oposição iraniana informou, por meio do site local Sahamnews, que cerca de novecentas pessoas foram detidas durante os protestos que aconteceram no sábado (12/06) em vários pontos de Teerã. Entretanto, o chefe da Polícia Nacional, Hossein Sajadinia, confirmou que o número é um décimo.
“Um total de 91 pessoas foram detidas”, declarou Sajadinia à agência estudantil de notícias local Isna.
No mesmo dia no ano passado, milhares de iranianos foram às ruas para protestar contra e a favor do governo logo após o resultado das eleições presidenciais. As manifestações geraram repressão policial e a morte de setenta pessoas segundo a oposição, e trinta segundo o governo.
Para lembrar a data e homenagear os mortos, os oposicionistas voltaram às ruas de Teerã, Isfahan e Mashhad. De acordo com o sahamnews, cem dos detidos foram soltos
Em decorrência da repressão do ano anterior e do reforçamento policial neste ano, os organizadores amitiram comunicados para cancelar uma série de protestos. Às vésperas da data, dois milhões de milicianos foram convocados para reforçar o policiamento.
“Para preservar a vida e a propriedade das pessoas, esperamos que a manifestação não seja realizada”, pediu o principal líder da oposição, Mir Hossein Mousavi, em um comunicado conjunto com outro opositor, Mehdi Karoubi.
Entretanto, alguns manifestantes se reuniram em locais públicos, como a frente de embaixadas e representações diplomáticas do Irã no exterior para protestar.
Segundo a agências de notícias oficial do governo iraniano, Irna, o subcomandante da polícia iraniana, Ahmad Reza Radan, confirmou a detenção de “um grupo”, mas assegurou os eventos transcorreram “com tranquilidade e sem qualquer incidente”.
“Com a preparação da polícia e a conscientização das pessoas e, apesar da campanha dos opositores, o dia terminou sem nenhum problema grave”, disse. Já o governo iraniano ainda não se pronunciou a respeito oficialmente.
No dia 12 de junho de 2009, mais de 46 milhões de iranianos foram às urnas para escolher entre a reeleição de Ahmadinejad e o candidato reformista Mousavi. Após o anúncio oficial da vitória do atual presidente, com 63% dos votos, a oposição acusou as autoridades de fraude eleitoral, o que gerou manifestações contra o governo.
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