Visitar o Darwin Center – inaugurado esta semana no Museu de História Natural de Londres pelo príncipe William, herdeiro do trono inglês – é como entrar em uma espaçonave. O casulo de concreto branco curvado, dividido ao longo de oito andares, ergue-se em meio ao um novo anexo de vidro do edifício principal, visível a partir dos antigos corredores de madeira do museu Vitoriano, logo após a famosa coleção de dinossauros.
O centro abriga 17 milhões de insetos e três milhões de espécies de plantas, alguns dos quais coletados pelo cientista britânico Charles Darwin durante a viagem de cinco anos que fez a bordo do navio ‘Beagle’. A coleção inclui tarântulas gigantes e escorpiões, plantas venenosas com um metro de altura e borboletas adornadas com milhares de cores.
Graças a um sistema de alta tecnologia, que mantém a temperatura em constantes 17 graus Celsius com índices de umidade de 45%, a coleção única tem a “sobrevivência” garantida – no mínimo – pelo próximos 300 anos. Uma grande façanha, considerando que as espécies estavam guardadas em um armazém ao sul de Londres e que algumas já haviam começado a deteriorar.
Expedição
Dentro do edifício, adultos e crianças brincam com os aparatos da exposição de alta tecnologia, observando os exemplares de animais e plantas em exibição e encarando uma imensa tela de 12 metros, onde passam imagens de mudanças climáticas.
Enquanto caminham, logo descobrem, para a sua surpresa, que não só conseguem ver alguns dos 350 cientistas trabalhando nos novos laboratórios localizados atrás das telas de vidro, mas como também podem conversar com os profissionais, usando um sistema de comunicação.
“A idéia era mostrar cientistas trabalhando por trás das cenas”, diz Anna Maria Indrio, arquiteta italiana e membro do time da firma dinamarquesa CF Moller, que projetou o casulo de 130 milhões de dólares. “Nós queríamos que, quando as pessoas andassem ao redor do exterior e no interior, elas sentissem como se estivessem dentro de uma catedral”.
Mas, de acordo com os criadores do projeto, o principal propósito dessa nova maravilha da arquitetura, que tem entrada gratuita, é inspirar os jovens a aprenderem mais sobre o mundo natural. Pelo jeito, está dando certo. Grupos de estudantes conversam com entusiasmo após visitar o local e dizem que tiveram uma experiência ótima.
*Texto e fotos
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