Uma “bofetada em todos os esforços internacionais para proteger as diluídas perspectivas de paz na região”. Foi assim que Saeb Erekat, negociador-chefe da ANP (Autoridade Nacional Palestina), classificou o anúncio da construção de novos assentamentos israelenses no sul de Jerusalém.
Segundo Erekat, essa é a “resposta de Israel” à última proposta do Quarteto de Madri (formado pelos Estados Unidos, União Europeia, Rússia e ONU) para reiniciar as negociações de paz.
O Ministério do Interior israelense aprovou nesta terça-feira (27/09) o projeto de construção de 1.100 casas em uma área do sul de Jerusalém ocupada em 1967 e reivindicada pelos palestinos.
Leia mais:
Conselho de Segurança discute criação do Estado da Palestina na quarta-feira
Forças egípcias inundam túnel em Gaza e matam 3 palestinos
Israel descumpre leis internacionais ao prender parlamentar palestino, diz Cruz Vermelha
Conselho de Segurança da ONU inicia debate sobre reconhecimento de Estado palestino
Por falta de garantias, palestinos rejeitam retomar negociações com Israel até 2012
No sábado, horas após os palestinos apresentarem seu pedido de admissão na ONU como membro de pleno direito, o Quarteto de Madri (formado pelos Estados Unidos, União Europeia, Rússia e ONU) apresentou uma proposta a israelenses e palestinos para retomar as negociações no prazo de um mês, em um processo que deveria ser finalizado em um ano com a criação de um Estado palestino em 2012.
A proposta do Quarteto se inspira em uma ideia do presidente francês, Nicolas Sarkozy, apresentada antes do início da Assembleia Geral da ONU como tentativa de encontrar uma saída à encruzilhada diplomática criada pelo pedido palestino, à qual se opõem EUA, Israel e alguns governos europeus.
“Israel respondeu ao Quarteto e à iniciativa francesa com 1.100 nãos. Netanyahu deixou em uma situação ridícula todos aqueles na comunidade internacional que insistem que há um parceiro para a paz em Israel”, acrescentou o negociador palestino em seu comunicado.
Os novos imóveis serão construídos nas encostas da parte sul do assentamento de Guiló, em frente à cidade palestina de Beit Jala, e além da chamada “Linha Verde”, a fronteira da Cisjordânia reconhecida internacionalmente desde 1967.
*Com informações da Efe
Siga o Opera Mundi no Twitter
Conheça nossa página no Facebook
NULL
NULL
NULL