Atualizada às 18h42
Um dia depois do presidente Mohamed Mursi anular o decreto que aumentava seus poderes e iniciou a crise política no Egito, novos protestos que culminarão na sede do governo foram convocados para este domingo (09/12). Outra onda de manifestações foi marcada para a próxima terça-feira (11/12).
Agência Efe
O presidente Mohamed Mursi mostra projeto de nova Consituição do país, que deve ir a referendo no dia 15
Entre as reivindicações está o adiamento do referendo sobre o projeto de Constituição, marcado para o próximo dia 15. Mursi havia concordado em adiar a consulta, mas na reunião de diálogo com opositores, neste sábado, optou-se pela manutenção da data.
A Frente de Salvação Nacional, grupo opositor que se recusou a participar do diálogo convocado pelo presidente, é uma das defensoras das novas manifestações.
NULL
NULL
“Derrubamos a barreira do medo, vamos impedir hoje, melhor que amanhã, a Constituição de abortar nossos direitos e liberdades… Nossa força está em nossa vontade”, disse o prêmio Nobel da Paz Mohamed ElBaradei, um dos líderes da Frente.
Agência Efe
Além dos protestos deste domingo (09/12), novas manifestações já foram convocadas para a próxima terça-feira
Ao anunciar ontem o cancelamento do decreto que blindava as decisões de Mursi no poder, o líder islamita Mohamed Selim al Awa disse que, caso de os egípcios rejeitassem a Constituição no referendo de 15 de dezembro, o presidente do país convocaria eleições para escolher os 100 membros de uma nova Assembleia Constituinte, dentro de um prazo de máximo três meses.
A nova declaração constitucional mantém a possibilidade de julgar os responsáveis pelos assassinatos de manifestantes e civis cometidos entre o dia 25 de janeiro de 2011, quando começou a revolução contra o ditador Hosni Mubarak, e 30 de junho de 2012, quando Mursi assumiu o cargo após ser eleito.