Dezenas de milhares de estrangeiros deixaram a Espanha no ano passado, informou neste sábado (19/01) o INE (Instituto Nacional de Estatísticas). É a primeira redução demográfica da população imigrante no país em 15 anos.
Segundo especialistas do órgão estatístico, a alta taxa de emigração do país europeu se deve à crise econômica que atinge o continente e já deixou milhares de desempregados. A Espanha deixou de ser vista como um lugar de oportunidades profissionais, explicou à Agência Efe Ana Jurado, diretora de censo do INE.
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Com 26,6% da população economicamente ativa sem trabalho, a Espanha tem o pior índice de desemprego entre os países da zona do euro (17 nações que adotam a moeda única).
A grande parte dos estrangeiros que deixou a Espanha no ano passado são latino-americanos: mais de 50 mil equatorianos, 25 mil colombianos, 13 mil bolivianos, 11 mil argentinos, 9 mil peruanos e 7 mil brasileitos retornaram aos seus países de origem. Além deles, centenas de poloneses e franceses decidiram voltar à terra natal.
Ainda que milhares de pessoas tenham saído do país europeu, o número de estrangeiros dentro da população espanhola permanece alto. Pois, cerca de 100 mil imigrantes chegaram ao país em 2012. De acordo com o último censo, mais de 5 milhões de estrangeiros (12,14% da população total) vivem na Espanha – uma queda em mais de 15 mil indivíduos.
Os estrangeiros com mais presença na Espanha são os romenos (897.203, 25,6% do total), seguidos por marroquinos (788.563, 13,7%), ingleses (397.892, 6,9%), equatorianos (308.174, 5,4%) e colombianos (246.345, 4,3%).
*Com informações da Agência Efe