Após a derrota do Partido Democrata nas eleições norte-americanas na terça-feira (2/11), perda da maioria na Câmara dos Representantes e a abertura de espaço para a oposição no Senado, o presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, considerou o resultado “uma surra” para seu partido.
Para ele, que concedeu entrevista coletiva nesta quarta-feira (3/11), o pleito mostra que “o povo está profundamente frustrado” e atribuiu a principal insatisfação o ritmo da economia. “Não nos resta dúvida de que a maior preocupação do povo é a economia. As pessoas em todo o
país não veem progresso”, disse.
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Diante disso, Obama se comprometeu a ter como “principal tarefa conseguir uma economia forte” de agora em diante. “Aceitarei a responsabilidade de que não conseguimos os progressos que deveríamos ter alcançado”, afirmou.
Apesar da derrota, o presidente indicou sua disposição de colaborar com os republicanos e citou entre as possíveis áreas de parceria no Congresso a energia, a mudança climática e a educação.
“Tenho que melhorar meu trabalho como presidente, assim como todos que trabalham em Washington também devem. Os eleitores querem que trabalhemos ainda mais duro e juntos. Haverá pontos de discórdia, mas é preciso agir com responsabilidade”, disse.
Na terça-feira após o resultado, Obama ligou para os líderes republicanos no Congresso, John Boehner e Mitch McConnell, expressando disposição em colaborar para “encontrar um terreno comum, fazer avançar o país e conseguir coisas em favor do povo americano”.
Obama, porém, admitiu que seu posto corre “um perigo inerente”, como o de ficar “preso em uma bolha”, e assegurou que, durante a segunda metade de seu mandato, fará o possível para se afastar da Casa Branca e permanecer em contato com o povo.
O resultado eleitoral deu aos republicanos uma vantagem superior a 60 cadeiras na Câmara de Representantes e reduziu em seis assentos a maioria democrata no Senado. Das 100 cadeiras, 37 foram renovadas. Em Indiana, Dakota do Norte, Arkansas, Pensilvânia, Illinois e Wisconsinos republicanos tomaram os lugares dos democratas, além de avançar em pelo menos dez estados, antes controlados pelos democratas. O partido de Obama, por sua vez, elegeu candidatos na Califórnia e em Nova York e conseguiu duas regiões.
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