O presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, afirmou nesta terça-feira (14/06), em visita a Porto Rico, que apoiará qualquer decisão que o território tome sobre seu status político.
“Quando o povo de Porto Rico tomar uma decisão, minha administração a apoiará”, declarou o mandatário, afirmando que cumpriu sua promessa de campanha de incluir a ilha “não só em sua agenda, mas também na visão de para onde deve ir o país”.
A visita de Obama é a primeira, nos últimos 50 anos, de um chefe de Estado norte-americano ao território, considerado membro da comunidade dos EUA.
Obama foi recebido por uma multidão, a qual saudou em espanhol. Ele prometeu aos porto-riquenhos que o país sairá da crise econômica: “Fizemos isso antes e vamos voltar a fazer”. O mandatário também declarou que seu governo trabalha para que tenham empregos na ilha e nos Estados Unidos.
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Ele ainda comentou sobre a forte participação porto-riquenha nas Forças Armadas dos Estados Unidos, afirmando que “a vontade de servir e de se sacrificar” dos habitantes da ilha “é tão norte-americana quando o pastel de maçã”.
A visita de Obama terá duração de quatro horas. Ele está na ilha para debater a possível realização de um referendo sobre o status político de Porto Rico.
Na consulta, os habitantes vão decidir se a ilha deve se tornar 51º estado dos EUA ou ganhar a independência. Em três ocasiões anteriores, em 1967, 1993 e 1998, a população preferiu que o território seguisse como Estado Livre Associado dos Estados Unidos.
Apesar do aparente clima de comemoração, a passagem do presidente pela ilha acontece em meio a diversas manifestações contra o governo norte-americano. Milhares de pessoas carregam cartazes nos quais estão escritos: “vamos exterminar o tumor colonial com a independência”.
Os manifestantes que defendem a independência ainda acreditam que a visita de Obama tem fins oportunistas, com vistas à eleição presidencial de 2012.
Essa tese é defendida por vários analistas políticos que veem na viagem do mandatário uma oportunidade para manter os votos dos latinos nos democratas, e não nos republicanos.
Embora os moradores da ilha não votem no pleito, mais de quatro milhões de porto-riquenhos vivem nos Estados Unidos e podem participar das eleições.
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