O presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, garantiu nesta sexta-feira (11/03) que os Estados Unidos tomarão todas as atitudes necessárias para que o líder líbio Muamar Kadafi renuncie o mais breve possível.
“Kadafi deve renunciar e vamos continuar trabalhando com a comunidade internacional para alcançar isso. Como disse anteriormente, o interesse dos EUA e o interesse do povo líbio é que Kadafi renuncie. Vamos fazer esforços e vamos realizar várias ações para que ele renuncie”, disse em entrevista coletiva convocada para falar sobre os preços do petróleo, em alta devido entre outras coisas à crise no país norte-africano.
Obama lembrou ainda que os EUA nomearam um representante para atuar diretamente na Líbia e que vêm mantendo conversas com os membros do Conselho Nacional Líbio, formado por opositores.
“Por todas as partes estamos estreitando cada vez mais o cerco a Kadafi. Ele está cada vez mais isolado internacionalmente”, disse.
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Sobre uma possível intervenção militar, Obama se mostrou cauteloso ao tratar do assunto e disse que a decisão requer um planejamento de custos e de estretégia. “Cada vez que os EUA enviam tropas, devem pensar nos riscos que isso acarreta e nas consequências que pode ter”.
Além disso, ressaltou que é importante manter uma frente unida com os aliados internacionais na hora enviar uma resposta à Líbia. Há semanas Obama vem conversando com líderes de diferentes países sobre a situação na Líbia. Na próxima semana, a Otan (Organização do Tratado do Atlântico Norte) realizará uma reunião na qual, entre outras coisas, se abordará a possibilidade de impor uma zona de exclusão aérea sobre o país.
Petróleo
Durante a coletiva, o presidente norte-americano mostrou-se disposto a utilizar a reserva estratégica de petróleo dos EUA “se a situação se mostrar necessária”. Obama, porém, não revelou qual seria o nível que consideraria necessário recorrer à reserva estratégica, mas esclareceu que não é algo que vá ocorrer a curto prazo.
“Esta reserva existe para enfrentar uma eventual grave interrupção no fornecimento” de petróleo, que poderia afetar o funcionamento da economia”, afirmou.
Segundo ele, os preços da commodity subiram devido, entre outras razões, à crise na Líbia, que restringiu o fornecimento. Os preços do minério cresceram 24% no último mês devido às incertezas sobre a situação política no Oriente Médio e à crise na Líbia, país cujo petróleo cru está entre os mais valorizados do mundo. “A boa notícia é que outros países podem cobrir essa diferença”, disse.
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