O presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, pediu hoje ao governo iraniano que detenha “toda a violência e as ações injustas contra seu próprio povo”, informou a Casa Branca. “Os direitos universais de liberdade de reunião e liberdade de expressão devem ser respeitados e os Estados Unidos estarão junto aos que buscam exercer esses direitos”.
Enquanto seguem no Irã os protestos contra o resultado das eleições presidenciais, vencidas pelo presidente Mahmoud Ahmadinejad com 64% dos votos, Obama reiterou que “o governo do Irã deve entender que todo o mundo está vendo o que acontece”. “Lamentamos cada vida inocente que se perde”, acrescentou.
Até agora, os Estados Unidos haviam adotado postura discreta, reforçando a necessidade de se respeitar a vontade dos cidadãos expressa nas urnas. Críticos reivindicaram um pronunciamento mais explícito e a Casa Branca respondeu que não desejava se meter num assunto interno no Irã. Assunto este que já deixou ao menos oito mortos.
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Postura de Obama confunde comunidade iraniana nos EUA
O presidente americano lembrou hoje que, durante um discurso recente na Universidade do Cairo, tinha dito que “a repressão das ideias jamais consegue erradicá-las”. “O povo iraniano, em última instância, julgará as ações de seu próprio governo”. Afirmou, ainda, que se o governo iraniano busca o respeito da comunidade internacional, deve respeitar a dignidade de seu próprio povo e governar por consentimento, não por coerção.
A Casa Branca disse que o presidente monitorou a situação iraniana durante todo o sábado, encontrando-se repetidamente com conselheiros. Obama não disse se acha que as eleições foram fraudadas.
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