O Conselho Permanente da OEA (Organização dos Estados Americanos) anunciou nesta quinta-feira (30/9) que se reunirá em sessão extraordinária com o objetivo de analisar a situação do Equador, que vivencia uma crise ocasionada por protestos de policiais que supostamente teriam o objetivo de um golpe de Estado.
A reunião, na sede da OEA em Washington, começará às 14h30 locais (15h30 no horário de Brasília).
Os protestos começaram em vários quarteis do país e cerca de 150 membros da Força Aérea Equatoriana (FAE) tomaram o aeroporto internacional de Quito. Inicialmente, acreditava-se que eles reuniam-se contra uma lei aprovada ontem pela Assembleia Nacional (Congresso) que limita os benefícios econômicos a militares e policiais.
O presidente do país, Rafael Correa, chegou a tentar falar com um grupo de manifestantes no principal quartel da capital, Quito. Contudo, ele não obteve sucesso e afirmou que “não dará um passo atrás” em sua política, desafiando os efetivos a assassiná-lo.
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Em entrevista exclusiva à rede Telesur, o ministro das Relações Exteriores do Equador, Ricardo Patiño, afirmou que por trás dos protestos de setores policiais existiriam intenções golpistas. “Há setores golpistas que já identificamos no país (…), que entendemos que estão preparando as intenções para isto”, enfatizou o chanceler.
Mensagens de apoio
Logo após o estouro do conflito, a Chancelaria argentina expressou “profunda preocupação” com a situação em curso na nação andina.
Em um comunicado, se mostrou confiante na “institucionalidade democrática do país irmão e na autoridade política do presidente constitucional, Rafael Correa, para encontrar a melhor solução em defesa dos altos interesses do povo e do governo” do Equador.
A nota também informava que o Ministério das Relações Exteriores da Argentina mantém permanente contato com as autoridades do governo equatoriano.
Em frente ao Palácio Presidencial, em Quito, milhares de pessoas se reuniram para expressar respaldo a Correa. O que, a princípio parecia ser um protesto sindicalista, na verdade toma agora uma envergadura política.
O conflito ocorre momentos depois de o presidente chegar a afirmar que iria destituir os membros da Assembleia Nacional e convocar eleições antecipadas, após a rejeição parcial contra um projeto de lei de seu governo.
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