Um total de 1.271 civis morreram por conta do conflito afegão nos seis primeiros meses do ano, informou nesta terça-feira a missão da ONU no Afeganistão (Unama), que responsabilizou os insurgentes pela grande maioria das mortes.
O número supõe um aumento de 21% em relação ao primeiro semestre de 2009 – quando morreram 1.054 pessoas -, e de 55% em comparação com esse mesmo período de 2008, segundo dados do Relatório Semestral sobre Proteção de Civis em Conflito Armado da Unama, apresentado nesta terça-feira (10/8).
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Com a soma de mortos e feridos, o primeiro semestre de 2010 deixou um total de 3.268 vítimas civis, um aumento de 31% em comparação com o mesmo período do ano anterior.
A Unama atribuiu 72% das mortes de civis (920 no total) aos insurgentes talibãs “e outros elementos anti-governamentais” (AGES), principalmente devido aos ataques com artefatos explosivos, atentados suicidas e execuções.
“A tendência crescente de (cometer) assassinatos e execuções reforçou a percepção dos civis afegãos que estão se convertendo cada vez mais em um objetivo principal neste período de conflito”, disse em comunicado o enviado da ONU no Afeganistão, Staffan de Mistura.
As tropas estrangeiras e as forças de segurança afegãs causaram as mortes de 223 civis, o que representa uma queda de 29% em comparação com dados do primeiro semestre de 2009, que a Unama atribuiu à aplicação progressiva das direções táticas das forças da ONU para reduzir as baixas entre a população.
“Os seis primeiros meses de 2010 desenharam um panorama cru e sombrio para os civis afetados pelo conflito”, explica no relatório a organização, que não soube atribuir a autoria das 128 mortes restantes (quase 10% do total).
Os números divulgados nesta terça pela missão da ONU são superiores aos da organização independente Afghanistan Rights Monitor (ARM), que no último dia 12 de julho estimou em 1.074 os civis falecidos no primeiro semestre pelo conflito afegão.
Além disso, outra organização, a Comissão Independente de Direitos Humanos do Afeganistão (AIHRC, sigla em inglês) afirmou neste domingo que nos sete primeiros meses do ano morreram 1.325 civis, um aumento de 5,8% em relação a seus dados do mesmo período de 2009.
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