Embora argumente que seus testes com mísseis de longo alcance visem apenas ao monitoramento do espaço aéreo da região, a Coreia do Norte foi novamente penalizada pelo Conselho de Segurança das Nações Unidas e, agora, enfrentará um enrijecimento das sanções já aplicadas entre 2006 e 2009.
A interpretação da comunidade internacional é de que o frustrado lançamento da última semana representou uma “grave violação” das convenções internacionais que proíbem “qualquer atividade nuclear”. O exercício teria sido fruto de um programa atômico militar sem qualquer fim pacífico. Autoridades do governo liderado por Kim Jong-Un negam essas suspeitas.
Agência Efe
Todos os 15 membros do conselho apoiaram “um robusto pacote” de ampliação da lista de itens norte coreanos bloqueados pelas Nações Unidas há três anos atrás, durante os últimos testes com mísseis de longo alcance que o país conduziu. Agora, o órgão possui um prazo de duas semanas para redigir a nova relação de bens, empresas e indivíduos que serão obstruídos.
No último mês de fevereiro, Pyongyang concordou em interromper seus testes com tecnologia balística e, também, parte de seu programa nuclear em troca de doações de alimentos dos EUA. Contudo, o governo de Kim Jong Un insistiu no lançamento do foguete que homenageou o centenário de seu avô, o “presidente eterno” Kim Il-Sung.
Em nota, o Conselho de Segurança determinou à Coréia do Norte que não conduzisse mais nenhum lançamento empregando tecnologia de mísseis balísticos e que se comporte de acordo com as resoluções que determinam “o abandono de todas as armas e programas nucleares”. Também foi decidido que, se necessário, “a comunidade internacional está preparada para tomar medidas mais drásticas”.
Agência Efe
A embaixatriz norte-americana no Conselho de Segurança da ONU, Susan Rice, declarou à imprensa que a decisão desta segunda-feira (16/04) revela que todos os membros “estão unidos para enviar à Coreia do Norte uma mensagem séria, que expresse que tais provocações são totalmente inaceitáveis”.
Sobre a hipótese de criação de novas sanções em lugar de apenas ampliar as já existentes, diplomatas disseram à agência de notícias Reuters que essa estratégia está fora de cogitação, pois sofreria a forte oposição de Rússia e China, nações mais próximas de Pyongyang.
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