Economistas das Nações Unidas
revisaram hoje (26/5) para cima suas previsões de crescimento mundial, para
3% em 2010 e 3,1% em 2011, mas alertaram sobre a fragilidade da
recuperação e a desigualdade entre os países.
“A recuperação é ainda muito frágil para retomar os postos de
trabalhos perdidos e fechar a profunda brecha deixada pela
recessão”, destacaram hoje, em um relatório, especialistas do
Departamento de Assuntos Econômicos e Sociais da ONU (UNDESA, na
sigla em inglês).
A ONU prevê que a economia da União Europeia crescerá 1%
este ano, o dobro que o previsto no início de 2010, e inclui a
advertência de que a crise fiscal grega ameaça toda a zona do euro. O órgão multilateral calcula que a economia do bloco europeu
crescerá 1,8% em 2011, mas adverte que, nos próximos meses, a
demanda interna continuará “contida pelos altos índices de
desemprego e o baixo aumento dos salários”.
O documento aponta que as economias latino-americanas se
recuperaram da crise com maior firmeza que o previsto graças, em
parte, à demanda por suas matérias-primas, o que permitirá um
crescimento de 4% este ano e de 3,9% em 2011. Na América Latina e no Caribe, a economia brasileira registrará o
maior crescimento, de 5,8%.
Revisão
Os dados divulgados hoje representam uma revisão para cima em
comparação com as previsões feitas em janeiro, quando a expectativa
de crescimento do PIB (Produto Interno Bruto) mundial era de 2,4%, e
marcam também um aumento de 2% frente à contração global de 2009.
Os especialistas da ONU destacam que o “apoio sem precedentes de governos de todo o mundo ajudaram os mercados financeiros, que foram
se estabilizando de forma progressiva”.
Em meados de 2010, “os riscos sistêmicos do sistema financeiro
mundial foram reduzidos notavelmente e as gratificações de risco da
maior parte dos mercados de crédito caíram para níveis anteriores à
crise”, acrescentaram os especialistas.
Sobre a preocupante situação financeira europeia, os
especialistas disseram que “as finanças públicas de Grécia,
Portugal, Espanha e Irlanda se deterioraram rapidamente devido à
crise e às respostas políticas”.
“A crise fiscal grega passou de ser uma crise de solvência em um
só país a ameaçar a zona do euro em si”, acrescenta o documento.
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