A Tepco (Tokyo Eletric Power Company), operadora da usina nuclear de Fukushima, deu nesta terça-feira (19/07) por concluída a primeira fase de seu plano para controlar a central ao afirmar que os reatores danificados estão refrigerados de forma “estável” e a radioatividade diminui de maneira “constante”.
A elétrica apresentou hoje uma atualização do “Mapa do Caminho” para controlar a planta, seriamente deteriorada pelo tsunami de março, na qual manteve janeiro de 2012 como data em que espera ter os reatores no estado de “parada fria”.
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Segundo o documento da Tepco, o objetivo de conseguir uma “refrigeração estável” é considerado completado já que as temperaturas no fundo dos compartimentos dos reatores “não demonstram tendência de alta”.
Além disso, está sendo injetada água de forma regular por um circuito que evita o aumento do líquido acumulado na central, graças a um dispositivo de reciclagem que permite reutilizá-los para resfriar os reatores.
“Faremos todos os esforços possíveis para permitir que as pessoas que tiveram de deixar suas casas possam retornar”, assinala Tepco em seu “Mapa de Caminho” atualizada.
No mesmo documento, a operadora de Fukushima detalha que a radioatividade nas imediações da planta diminuiu de modo constante e na atualidade o nível máximo gira em torno de 1,7 milisieverts anuais.
Isso representa até dois milhões de vezes menos do nível máximo alcançado durante a crise, em 15 de março, quando ocorreu uma explosão de hidrogênio no reator número 2 e um incêndio na piscina de combustível do reator 4.
Por sua vez, o Governo japonês precisou que na segunda fase para controlar a planta o objetivo será alcançar uma diminuição radical dos níveis de radioatividade antes de levar os reatores à parada fria, ou seja, com uma temperatura inferior a 100 graus centígrados, até janeiro de 2012.
Ao mesmo tempo existe o projeto de iniciar o desenho de um “escudo” subterrâneo para cercar os reatores e os prédios das turbinas a fim de evitar que a água contaminada acumulada nele entre e misture com a água que corre pelo subsolo.
Espera-se que o muro alcance até 30 metros de profundidade, diz a agência local Kyodo.
A central de Fukushima ficou gravemente danificada pelo terremoto e o tsunami de 11 de março, que deixaram ao menos 22 mil mortos e desaparecidos, e danos milionários no nordeste do Japão.
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