Dirigentes opositores reconheceram sua derrota neste sábado (07/05) no referendo promovido pelo presidente equatoriano, Rafael Correa. A consulta popular foi apoiada por três em cada cinco eleitores. Dez perguntas foram submetidas ao voto dos equatorianos, quatro delas sobre emendas constitucionais dedicadas a reformar a justiça para lutar contra o crescente sentimento de insegurança no país.
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Gustavo Larrea, ex-ministro de Correa que lidera uma frente de oposição, após a pesquisa de boca de urna que deu a vitória ao presidente socialista, manifestou seu descontentamento. “O autoritarismo é sempre transitório; as forças democráticas terminarão triunfando”, disse à imprensa.
Por sua vez, o ex-vice-presidente León Roldós (1981-1984), também criticou Correa. “Todo governo de cunho totalitário, quase fascista, já propôs este tipo de consulta”, afirmou. Alberto Acosta, ex-ministro do governo atual, também deu sua declaração. “Teremos que cumprir o mandato popular, mas os resultados em si não dão esta goleada anunciada pelo governo”, considerou.
Uma comissão tripartite, que contará com um representante do governo, se encarregará de grande parte da reforma, razão pela qual o Conselho Superior da Magistratura ficará suspenso por 18 meses.
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Duas perguntas do referendo se referiam à criação de um “conselho de regulação” dos conteúdos midiáticos e à instauração de “responsabilidade” da imprensa, além da proibição de que bancos e meios de comunicação realizem investimentos em outros setores de atividade.
Correa deseja penalizar o enriquecimento ilícito no setor privado e a não afiliação dos trabalhadores à segurança social estatal, assim como proibir os jogos de azar e os espetáculos que tenham como finalidade matar o animal, como as corridas de touros.
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