Membros da oposição síria acusaram a Liga Árabe de “encobrir” a repressão conduzida pelo regime do presidente Bashar al-Assad. Uma equipe de monitores da Liga Árabe está na Síria desde 26 de dezembro para avaliar se o governo está de acordo com um acordo de paz para por um fim à violência.
“Está claro que a missão dos observadores tenta encobrir os crimes do regime sírio, dando a ele mais tempo e oportunidades para matar nosso povo e acabar com sua determinação”, afirmou em um comunicado a Irmandade Muçulmana, que faz parte do CNS.
O relatório dos observadores árabes “coloca em pé de igualdade o carrasco e a vítima e faz um paralelo entre a máquina de matar oficial com os tanques e os mísseis e as operações individuais de auto-defesa”, acusou o grupo.
Para a Comissão geral da Revolução Síria, um grupo que coordena os militantes em campo, o relatório fica “aquém das expectativas do povo sírio”, e a Liga Árabe “deve anunciar o fracasso de sua iniciativa, na falta dos meios necessários para parar a matança”. O grupo pede a interferência da ONU (Organização das Nações Unidas).
“A presença dos observadores e a maneira como eles fazem seu trabalho é um favor para o regime”, acrescentou o chefe do Observatório sírio dos direitos humanos, Rami Abdel Rahmane. Como exemplo, ele diz que nesta segunda-feira (09/01), duas pessoas foram feridas por tiros em um bloqueio militar em Homs, centro da contestação popular, “na presença de observadores árabes”. “Isso constitui uma clara violação do protocolo”, declarou Rahmane.
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