A Associação Brasileira de Mídia Digital (ABMD) e o Grupo Prerrogativas condenaram nesta terça-feira (02/11) as “ameaças de morte” e “insultos LGBTfóbicos” recebidos pelo jornalista Marcelo Hailer por parte de grupos direitistas.
“A Associação Brasileira de Mídia Digital e o Grupo Prerrogativas vêm a público repudiar veementemente as ameaças de morte e insultos LGBTfóbicos desferidas por grupos bolsonaristas ao jornalista Marcelo Hailer e sua família”, disse as organizações em nota.
No comunicado, ambas afirmam que a intimidação foi promovida após a publicação de uma matéria na Revista Fórum, assinada por Hailer, sobre a operação da Polícia Militar em Varginha, Minas Gerais, que resultou em 25 mortes no último domingo (31/10).
Ainda segundo as organizações, os ataques contra o jornalista partiram de uma “estratégia nazifascista de intimidação”, em que uma das pessoas que promoveram o ataque, um “militante de extrema-direita”, teria afirmado que “vai executar o jornalista e divulgar o vídeo nas redes sociais”.
“Cobraremos a Justiça e o Parlamento brasileiros, instituições que representam os pilares da nossa democracia, para que estejam atentos e exijam a imediata identificação e punição dos responsáveis pelos atos terroristas contra a Revista Fórum e o jornalista Marcelo Hailer”, afirma o texto.
Marcelo Hailer/Reprodução
Assédio contra Marcelo Hailer aconteceu após o repórter publicar uma matéria sobre operação militar que deixou 25 mortos em Minas Gerais
Leia a nota na íntegra:
A Associação Brasileira de Mídia Digital e o Grupo Prerrogativas vêm a público repudiar veementemente as ameaças de morte e insultos LGBTfóbicos desferidas por grupos bolsonaristas ao jornalista Marcelo Hailer e sua família.
As ameaças foram feitas nas redes sociais do jornalista logo após a publicação de matéria assinada por ele na Revista Fórum sobre a violenta operação da Polícia Militar em Varginha, Minas Gerais, que resultou em 25 mortes.
Utilizando-se da estratégia nazi-fascista de intimidação, um dos militantes de extrema-direita chegou a afirmar que vai executar o jornalista e divulgar o vídeo nas redes sociais.
Como bem lembrou a Fenaj em nota de repúdio sobre os ataques contra jornalistas que cobriram a viagem de Bolsonaro a Roma, a terça-feira 2 de novembro é o Dia Mundial de Combate à Impunidade dos Crimes contra Jornalistas.
Cobraremos a Justiça e o Parlamento brasileiros, instituições que representam os pilares da nossa democracia, para que estejam atentos e exijam a imediata identificação e punição dos responsáveis pelos atos terroristas contra a Revista Fórum e o jornalista Marcelo Hailer.
Florestan Fernandes Jr., Presidente da Associação Brasileira de Mídia Digital
Marco Aurélio de Carvalho, Coordenador do Grupo Prerrogativas