A candidatura do rapper Wyclef Jean a presidente do Haiti foi vetada pelo CEP (Conselho Eleitoral Provisório) do país, que alegou que o músico não cumpre vários requisitos legais para a validação da candidatura, como residir no país por no mínimo cinco anos antes das eleições.
Jean, que é haitiano, mora nos Estados Unidos desde os 9 anos de idade, quando se mudou com a família. Recentemente, declarou que estava escondido nos EUA por receber ameaças de morte após anunciar a candidatura à presidência do Haiti.
O rapper pretendia concorrer pelo partido Viv Ansanm (Viver Juntos, em crioulo haitiano), liderado pelo ex-presidente da câmara dos deputados Pierre Eric Jean-Jacques. Com a aprovação da candidatura, Jean representaria a chamada “diáspora haitiana”, nome dado aos 800 mil haitianos que vivem fora do país de origem.
Mas a candidatura do músico causou polêmica e fez o Viv Ansanm deixar a coalizão Ansanm Nou Fo (Juntos somos Fortes), já que muitos dos dirigentes da base aliada se opuseram ao seu nome. Por outro lado, no dia em que Jean foi ao CEP para protocolar a candidatura, centenas de fãs o acompanharam para expressar apoio.
Tio concorrente
Em 2004, Jean lançou a música If I Was President (“se eu fosse o presidente”), na qual brincava com a ideia de governar o país.
O rapper é sobrinho do jornalista e diplomata Raymond Joseph, atual embaixador do Haiti em Washington e que também teria interesse em concorrer à presidência haitiana.
Ao todo, o CEP recebeu 34 pré-candidatos para as eleições presidenciais, que acontecerão no dia 28 de novembro. A lista com os candidatos elegíveis foi divulgada nesta sexta-feira (20/8) no site da organização.
Siga o Opera Mundi no Twitter
NULL
NULL
NULL