O secretário-geral da Organização do Tratado do Atlântico Norte (OTAN), Jeans Stoltenberg, anunciou nesta terça-feira (27/03) que vai expulsar sete diplomatas russos da missão do país na aliança militar.
Com a decisão, o grupo que reúne 29 países se alinha as várias nações que adotaram o mesmo caminho que o Reino Unido em meio às investigações sobre o envenenamento do ex-espião russo Serghei Skripal e sua filha Yulia, em Salisbury.
“Retirei hoje a credencial de sete pessoas da missão russa ante a OTAN. Também vou negar os pedidos pendentes de outros três”, informou Stoltenberg.
Uma fonte do Ministério de Relações Exteriores da Rússia afirmou ao site de notícias Sputnik que Moscou irá responder as ações da organização.
“Esse passo da OTAN reduz muito as possibilidades do lançamento de tal diálogo [entre Moscou e OTAN] que atualmente é crucial nestas circunstâncias complicadas na esfera de segurança na Europa. Haverá resposta com certeza”, disse a fonte.
O tamanho máximo do grupo passa a ser de 20 pessoas, e não mais de 30. “As consultas nas capitais e na OTAN, depois do que aconteceu em Salisbury, levaram à expulsão de 140 autoridades russas em mais de 25 aliados e parceiros da OTAN. Esta é uma ampla resposta internacional e coordenada”, acrescentou.
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Medida ocorre um dia após 25 países retaliarem a Rússia
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Expulsões
Na última segunda-feira (26/03), os Estados Unidos (EUA), o Canadá e vários países europeus expulsaram mais de uma centena de funcionários e diplomatas russos de seus territórios.
Nesta manhã, o ministro das Relações Exteriores da Rússia, Sergey Lavrov, disse que a expulsão em massa se deve à “pressão e à chantagem colossal” por parte do governo do presidente Donald Trump.
“Sabemos, com toda certeza, que é o resultado de uma pressão colossal, uma chantagem colossal, que agora infelizmente é o principal instrumento de Washington na cena internacional”, afirmou Lavrov.
A Rússia ainda prometeu responder de maneira “recíproca” às expulsões em represália pelo envenenamento do ex-espião.
* Com ANSA