Os painéis do pintor Candido Portinari “Guerra e Paz”, que estão expostos no principal hall de entrada da Assembleia Geral da Organização das Nações Unidas (ONU) em Nova York, farão um giro pelo mundo nos próximos dois anos.
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“Estamos planejando levar os painéis ao Museu da Paz em Hiroshima. Estou articulando para que o Prêmio Nobel da Paz em 2012, em Oslo, na Noruega, seja entregue em frente aos painéis”, relatou o presidente do Projeto Portinari, João Candido Portinari, filho do artista.
“E o terceiro lugar é o Centro Europeu de Pesquisa Nuclear [Cern], em Genebra, que é a ONU dos cientistas. Acho que isso tem uma força simbólica extraordinária”, comentou ele, ao explicar a turnê internacional.
A volta dos painéis está prevista para 2013, quando terminar a reforma do prédio das Nações Unidas, começada no início deste ano. João Candido, que cuida do acervo do pai, informou que os murais deverão deixar a sede ainda em outubro para serem restaurados, segundo divulgou hoje a Rádio ONU.
Presente do Brasil à organização, as duas obras que compõem “Guerra e Paz” foram inauguradas em 24 de fevereiro de 1956, na presença do ex-presidente Juscelino Kubitschek. Os painéis possuem 140 metros quadrados cada um e retratam o sofrimento da guerra e o conforto da paz.
Eles foram especialmente encomendados a Portinari para serem exibidos no acesso ao plenário da Assembleia Geral. Antes de serem levados aos Estados Unidos, ficaram expostos no Brasil por uma semana, e voltarão a ser mostrados aqui no Theatro Municipal do Rio de Janeiro, entre 18 e 31 de dezembro.
O percurso internacional e a recuperação fazem parte de uma operação que levou três anos de planejamento e um acordo com as Nações Unidas. O projeto será financiado em US$ 6,5 milhões pelo Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES).
Os recursos pagarão a desmontagem dos painéis, formados por 28 grandes placas de madeira, seu transporte, armazenamento, restauração e o seguro das peças por três anos.
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