O comandante da Marinha de Guerra de Angola, Almirante Augusto da Silva Cunha, negou nesta terça-feira (08/05) que os países da CPLP (Comunidade dos Países de Língua Portuguesa) tenham decidido enviar um efetivo de suas Forças Armadas para integrar uma possível força de paz em Guiné-Bissau.
O país, que integra a CPLP, sofreu um golpe de estado há cerca de um mês quando, alegando insatisfação com a presença de militares angolanos em missão no país, um grupo de militares prendeu o presidente, Raimundo Pereira, o primeiro-ministro, Carlos Gomes Júnior e o chefe do Estado-Maior das Forças Armadas, António Indjai.
“Até este momento não há qualquer decisão da CPLP de haver uma força para Guiné-Bissau. O que está decidido é que haja uma força da CEDEAO (Comunidade Econômica dos Estados da África Ocidental)”, afirmou o Almirante Cunha, que participou hoje, no Rio de Janeiro, da abertura de um simpósio para discutir a cooperação das Marinhas dos países-membros da CPLP.
Essa força de manutenção da paz, sinalizada pela organização regional africana, terá a função de garantir a segurança da retirada da missão militar angolana, conhecida como Missang, além de assegurar o processo de transição e apoiar a reforma de defesa e segurança no país.
“A posição da CPLP é a posição da União Africana e das Nações Unidas para que seja alcançada a normalidade democrática”, disse.
A Missang foi instalada em março de 2011 com o objetivo de apoiar a reforma do setor militar guineense.
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