O ministro das Relações Exteriores da Itália, Paolo Gentiloni, aceitou neste domingo (11/12) a nomeação como novo primeiro-ministro do país após a renúncia de Matteo Renzi, e garantiu que tentará tramitar com rapidez uma nova lei eleitoral para poder realizar eleições.
“Agradeço ao presidente da República a incumbência que me conferiu. Tentarei realizar a tarefa com dignidade e responsabilidade”, declarou Gentiloni depois do anúncio de sua nomeação pelo secretário-geral da Itália, Ugo Zampetti. O presidente Sergio Mattarella concedeu o encargo de formar um novo governo a Gentiloni, após três dias de consultas com todos os partidos políticos da Itália para ouvir suas exigências. O presidente tinha prometido no sábado (10/12) apresentar “dentro de algumas horas” uma “solução rápida para a crise política”.
Matteo Renzi apresentou sua renúncia na última quarta-feira (07/12), após sofrer uma derrota no domingo passado no referendo que havia convocado para alterar a Constituição da Itália.
Aos 62 anos, Paolo Gentiloni é ministro das Relações Exteriores da Itália desde 31 de dezembro de 2014, escolhido pelo ex-premier Matteo Renzi. Foi deputado e ministro da Comunicação no governo Prodi. Seu nome já vinha ganhando forças nos últimos dias, quando os partidos políticos italianos sinalizaram que aceitariam que o Partido Democrático (PD), de Renzi, continuasse no poder, com a condição de acelerar os projetos de lei que precisam ser aprovados para que seja convocada em breve uma nova eleição.
Agência Efe
Paolo Gentiloni aceitou a indicação como primeiro-ministro após a renúncia de Matteo Renzi
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O PD havia expressado sua intenção de formar um Executivo que contasse com a participação de todas as forças políticas, mas grupos como o Movimento Cinco Estrelas e a Liga Norte se recusaram a apoiá-lo e pediram a realização de eleições o mais rápido possível. “Por isso, não por escolha, mas por obrigação, e por responsabilidade, nos movimentaremos no quadro do governo demissionário”, acrescentou o novo premiê.
O novo primeiro-ministro se mostrou disposto a “facilitar o trabalho das forças parlamentares para definir com rapidez necessária as novas regras eleitorais”. “Quero acompanhar e, se possível, facilitar o percurso das forças parlamentares para definir as novas leis eleitorais”, disse Gentiloni, referindo-se a um dos entraves da crise política local, já que a atual lei eleitoral foi declarada inconstitucional e o Parlamento precisa aprovar outra para convocar novas eleições e, assim, eleger o novo governo.
Um dos homens mais fiéis a Renzi durante seu mandato, Gentiloni disse ser consciente da “urgência de oferecer à Itália um governo com plenos poderes para enfrentar com máxima determinação os compromissos internacionais, econômicos e sociais, começando pela reconstrução das zonas atingidas pelo terremoto”.
Logo após receber a função de formar o novo governo, Gentiloni se reuniu com os líderes da Câmara dos Deputados e do Senado. Agora, o ex-chanceler atuará para tentar formar uma coalizão de governo. Caso consiga, se confirmará como primeiro-ministro, caso contrário, Mattarella designará outro nome.
(*) Com agências