O papa Bento XVI declarou que os homossexuais devem ser respeitados como pessoas que “não devem ser discriminados porque apresentam aquelas tendências”, em entrevista publicada em um livro lançado hoje (23/11) no Vaticano.
“O respeito pela pessoa é absolutamente fundamental e decisivo”, defendeu. Ele afirmou que, “todavia, o profundo sentido da sexualidade é um outro. Poderia dizer, querendo se expressar nestes termos, que a evolução gerou a sexualidade com a finalidade da reprodução”.
As respostas do líder máximo da Igreja Católica ao jornalista alemão Peter Seewad, publicadas no livro “A Luz do Mundo”, tratou de outros temas atuais e muitas vezes polêmicos, como o uso excepcional do preservativo. O assunto gerou discussões nesta semana, antes da apresentação oficial da publicação.
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Com relação à homossexualidade dentro da Igreja Católica, Joseph Ratzinger ressaltou que a postura “não é conciliável com o ministério sacerdotal”.
Ele lembrou que, há alguns anos, a Congregação para a Educação Católica emitiu uma disposição pela qual os candidatos homossexuais não podem se tornar sacerdotes porque sua orientação sexual “os distancia da linha paterna, que é o que define o ser sacerdote”.
“Portanto, a escolha dos candidatos ao sacerdócio deve ser muito precisa. É necessário ter muita atenção para que não se introduza uma confusão deste tipo e, no final, o celibato dos padres não seja identificado com a tendência à homossexualidade”, pontuou Bento XVI.
Pedofilia
Outra questão tratada no livro é a da pedofilia na Igreja Católica. O Papa disse que, “nos abusos sexuais, e nos casos de pedofilia dos padres, a partir dos anos 1960, a necessidade de punir foi esquecida, [mas era] aplicada até os anos 1950”.
Agora devemos recuperar “o direito e a necessidade da pena” porque o amor não é apenas “gentileza e cortesia”, mas também “verdade”, colocou Bento XVI.
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