O papa Francisco analisa a possibilidade de fazer uma parada em Cuba durante sua próxima viagem aos Estados Unidos, prevista para o fim de setembro, confirmou nesta sexta-feira (17/04) o porta-voz do Vaticano, o padre Federico Lombardi.
EFE
Francisco participou das negociações secretas nos últimos 18 meses, entre Havana e Washington
Nos EUA, o pontífice vai celebrar uma missa ao ar livre na Filadélfia e encontrar o presidente Barack Obama, em Washington. Além disso, discursará na Assembleia Geral da Organização das ONU (Organização das Nações Unidas) e possivelmente no Congresso norte-americano.
Nesse trajeto, a passagem na ilha liderada pelos irmãos Castro está sendo estudada e os contatos com autoridades cubanas estão “ainda em um estágio muito inicial para falar sobre uma decisão firme e um plano operacional”, explicou Lombardi.
A nota emitida hoje pela Igreja serviu de resposta ao furo do jornal norte-americano The Wall Street Journal, que publicou na quinta (16) uma reportagem em que revela que o Vaticano estaria avaliando uma visita de seu líder a Cuba.
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O pontífice argentino teve papel fundamental nas negociações secretas de reaproximação diplomática entre Washington e Havana, anunciadas em 17 de dezembro de 2014. Além de ter sediado uma reunião decisiva no Vaticano sobre a retomada de relações, os presidentes Raúl Castro e Barack Obama declararam publicamente a importância do incentivo de papa Francisco à época.
Em 2015, Cuba e a Santa Sé celebram os 80 anos do início de suas relações diplomáticas. Em 2012, o papa Bento VXI conheceu a ilha. Já João Paulo II visitou o local em 1998.
Ontem, a assessoria do Vaticano confirmou também que Francisco vai voltar para a América Latina em julho deste ano, em visitas ao Equador, Bolívia e Paraguai.