Dois dias após romper as relações diplomáticas com a Colômbia, o presidente da Venezuela, Hugo Chávez, afirma que os argumentos usados pelo país vizinho – de que há guerrilheiros em território venezuelano – tem como objetivo criar uma justificativa para um guerra. Segundo o presidente, é provável uma agressão militar contra a Venezuela.
“Se isso chegar a ocorrer, começaria a guerra dos 100 anos, porque este país nunca mais será uma colônia dos Estados Unidos, nem de ninguém”, disse Chávez, neste sábado (24/7), durante o fechamento do 3º Encontro Sindical de Nossa América, em Caracas.
Assista ao vídeo com a fala de Chávez:
Chávez decidiu romper as relações com Bogotá após a iniciativa do embaixador da Colômbia na
Organização dos Estados Americanos (OEA), Luís Alfonso Hoyos, que
mostrou, em sessão extraordinária do órgão, fotografias, vídeos e
testemunhos para comprovar a existência de 87 acampamentos e de 1.500
guerrilheiros em território venezuelano.
Horas mais tarde, o ministro venezuelano das Relações Exteriores,
Nicolás Maduro, anunciou prazo para o pessoal da embaixada da Colômbia
em Caracas deixar o país.
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No dia 15 de julho Bogotá acusou a Venezuela de abrigar guerrilheiros
das Farc e do ELN em seu território. O ministro da Defesa colombiano,
Gabriel Silva, chegou a fornecer as coordenadas do local exato onde
estaria Iván Márquez, um dos comandantes das Farc.
No entanto, o governo da Venezuela respondeu no dia seguinte que
“em diversas ocasiões, foi verificada e constatada a falsidade de tais
informações. Em oportunidades, as coordenadas transmitidas correspondiam
a lugares situados no próprio território colombiano”. Caracas também
convocou o embaixador em Bogotá para consultas.
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