O Parque dos Répteis, na Austrália, deu início, nesta quarta-feira (14/10), a uma campanha de emergência de captura à aranha teia-de-funil para produzir o antídoto para seu veneno, que corre o risco de entrar em falta no país. A espécie é considerada uma das mais mortais do mundo: pode matar um adulto em até quinze minutos depois de picá-lo.
Alan Couch/FlickrCommons
A aranha teia-de-funil é considerada uma das mais mortais do mundo
A campanha é promovida anualmente durante o mês de novembro, período em que as aranhas tornam-se mais frequentes por estarem em época de reprodução. Ela incentiva que a população capture as aranhas, principalmente os machos, e levem-nas para o Parque dos Répteis, onde eles retiram a toxina do aracnídeo para começar a produção de um antídoto. Somente no ano passado, a iniciativa salvou 65 vidas em todo o país.
NULL
NULL
No entanto, o parque precisa de pelo menos 200 aranhas teia-de-funil machos para produzir uma quantidade suficiente. Em 2014, apenas 100 foram coletadas. Além disso, o antídoto tem uma vida útil de 18 meses e pode demorar até 2 anos para ser produzido.
As autoridades do Parque dos Répteis acreditam que menos pessoas estão se dispondo a capturar as aranhas pelo perigo que representam. Afirmam, contudo, que, contanto que se tenha cuidado, não há perigo, visto que elas não podem pular ou escalar paredes e objetos, nem conseguem se mexer muito rápido.
A captura não é realizada pelos prórpios funcionários do parque pois, segundo eles, não possuem recursos nem funcionários suficientes para conseguir coletar a quantidade necessária. De acordo com o parque é mais fácil pedi-lo à população, que entra em contato com estas aranhas frequentemente, principalmente na capital, Sydney, onde elas são mais comuns. Não é dada nenhuma recompensa para aqueles que as coletam.