O SVP (Partido Popular Suíço), de direita, venceu no domingo (18/10) as eleições gerais na Suíça, após campanha marcada por discurso xenófobo e anti-imigração.
EFE
Debate com líderes dos principais partidos conservadores: Toni Brunner, do SVP (à dir) e Phillip Mueller, do FDP
No pleito, foram eleitos os membros das duas câmaras do parlamento que, em dezembro, terão a responsabilidade de decidir a formação do Executivo federal de sete membros.
O SVP — que também é conhecido como UDC (União Democrática de Centro) — não só obteve a maioria das cadeiras na câmara baixa, como também conquistou a maior parte dos votos, 29,4%, tendo o melhor resultado de uma legenda suíça em décadas.
Além disso, sua vitória é acompanhada do aumento do número de assentos ocupados por parlamentares do Partido Liberal Democrático, outra legenda conservadora.
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Com o resultado, o SVP conquistou mais 11 vahas na câmara caixa do Parlamento suíço, elevando seu total para 65 cadeiras, a maior representação de um partido desde que o número de assentos subiu para 200 em 1963, reportou a Reuters.
Segundo analistas políticos consultados pela Agência Efe, essa eleição confirmara o risco da política suíça se afastar do “centrismo” que a caracterizou nas últimas décadas, vindo a ser de direita ultraconservadora.
“O voto foi claro”, afirmou o líder do SVP, Toni Brunner. “Temos que tornar a Europa menos atrativa e enviar um sinal de que não podemos oferecer asilo, nem mesmo a refugiados de guerra”, afirmou, segundo a Deutsche Welle.