A coligação política da chanceler alemã, Angela Merkel, seria reeleita com folga para governar o país caso a próxima eleição federal fosse realizada hoje. É o que revela uma pesquisa anunciada nesta quarta-feira (16/01) pelo instituto Forsa, que coloca a aliança conservadora liderada pelo CDU (União Democrática Cristã) com vinte pontos de vantagem sobre seus principais rivais do SPD (Partido Social-Democrata), de centro-esquerda.
Segundo o levantamento do instituto de opinião ligado à revista semanal Stern, o CDU e seus tradicionais aliados do CSU (União Social Cristã da Baviera) somam 43% contra 23% da legenda social-democrata.
Agência Efe (14/01/13)A chanceler alemã Angela Merkel cumprimenta apoiadores em encontro da direita alemã
Essa é a maior diferença entre os dois partidos em uma pesquisa realizada pela Forsa desde quando Merkel assumiu o poder, há sete anos. A última pesquisa do instituto, divulgada no dia 9 de janeiro, anotava uma vantagem de 42% a 25%. No Natal, estava em 41% contra 27% e, desde novembro, oscilava em torno de uma margem de nove pontos percentuais.
A queda do SPD nas pesquisas ocorreu a partir do fim de outubro, quando o ex-ministro de Finanças Peer Steinbrück foi escolhido para concorrer ao cargo de chefe da chancelaria. Recentemente, ele se envolveu em uma polêmica ao defender publicamente um maior salário aos membros da cúpula do governo. A imprensa também noticiou que ele teria feito uma série de compromissos com o alto empresariado alemão caso fosse eleito.
A mesma pesquisa aponta que 59% dos alemães preferem Merkel como chanceler, contra apenas 18% de Steinbrück (contra 58% a 22% registrados na semana passada).
A eleição federal alemã ainda não tem data definida, mas deverá ocorrer entre 1º de setembro até 27 de outubro – embora possa ser antecipada. O próximo governo comandará o país em um prazo previsto de quatro anos.
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Entre os demais partidos, o terceiro colocado seriam os ecologistas do Aliança 90/Os Verdes, tradicionais aliados do SPD, que permanecem com 14%. O Die Linke (Partido da Esquerda) caiu de 9% para 8%. Para participar do Bundestag (Parlamento alemão) é necessário ultrapassar a cláusula de barreira de 5% dos votos.
A pesquisa deixaria de fora os liberais do FDP (Partido Democrático Livre), apoiadores minoritários de Merkel que, no entanto, mostraram crescimento de 2% para 3%. O destaque vai para o independente Partido dos Piratas, que, ao contrário dos cinco primeiros, não tem representação no Parlamento, e subiram de 3% para 4%.
A única preocupação de Merkel é que o CDU/CSU poderia se tornar um bloco minoritário no caso de uma pouco provável aliança do SPD, Verdes e Die Linke (e, no futuro, talvez os piratas). No entanto, o Linke é crítico às políticas do SPD, e seus líderes já afirmaram que a possibilidade é inviável.
O quadro mais possível coloca o partido de Merkel com 7% de vantagem sobre a aliança SPD/Verdes.