Com os votos preliminares de todos os distritos eleitorais do Reino Unido já apurados, os trabalhistas voltam a figurar como força política majoritária do país e deixam o Partido Conservador do primeiro-ministro David Cameron em segundo lugar no número de jurisdições.
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Agora, o Partido Trabalhista tem sob seu controle 75 distritos, 32 a mais do que tinha antes do pleito. Por sua vez, conservadores perderam 12 jurisdições, totalizando o controle sobre 42 distritos. Neste ano, 181 distritos convocaram eleições. 51 permanecem sem nenhum partido com a maioria do sufrágio e serão obrigados a formar coalizões.
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Ed Miliband, líder do Partido Trabalhista, comemorou os resultados, ressaltando que seus correligionários “estão de volta pelo país”. Se dirigindo a eleitores de Southampton, uma das vitórias mais decisivas para seu partido, lembrou que sua campanha buscou dar atenção às “coisas que interessam às pessoas” e não se manteve “fora de contato”.
“Pelos pais preocupados com seu filho ou com sua filha desempregada, pelas pessoas que estão vendo seu padrão de vida ser comprimido, pelas pessoas que pensam que este país está trabalhando apenas para alguns no topo e não por todos – os trabalhistas estão ao seu lado”.
Já David Cameron, em declarações à imprensa, se disse triste pelos candidatos a reeleição que perderam suas vagas em meio a uma “difícil virada nacional”. Questionado sobre a necessidade de uma mudança de estratégia eleitoral, alegou que “esses são tempos difíceis” e que “não existem respostas fáceis para essa questão”.
“O que nós realmente temos que fazer é tomar decisões drásticas para lidar com essa dívida, com o déficit e com a economia falida que herdamos. Nós continuaremos fazendo essas escolhas e temos que fazer o melhor por nosso país”, concluiu.