Os líderes dos oito partidos que negociam a reforma institucional e a formação de governo na Bélgica tentam novamente nesta terça-feira (06/09), em reunião considerada decisiva, desbloquear a crise política que arrasta o país desde as eleições realizadas em 13 de junho do ano passado.
Embora da reunião, que começou às 4h de Brasília, não se espere um acordo, há a esperança de que pelo menos ofereça pistas sobre como alcançar um compromisso, segundo publica a imprensa belga. No encontro, que conta com a participação das principais formações políticas do país a exceção dos vencedores do pleito (os independentistas flamengos do N-VA), se abordará entre outros assuntos a polêmica separação do distrito eleitoral e judicial Bruxelas-Hal-Vilvorde (BHV).
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O socialista francófono Elio di Rupo, cuja força foi a segunda mais votada na Bélgica nas últimas eleições, colocará sobre a mesa uma nova proposta de acordo, que aceita separar definitivamente esse distrito eleitoral, uma velha reivindicação flamenga e origem da atual crise.
No entanto, propõe que os habitantes de seis localidades flamengas da periferia de Bruxelas, em sua maioria francófonos, tenham a opção de votar por listas eleitorais da capital, onde concorrem partidos de ambas as comunidades.
A reunião, que deve durar o dia todo, servirá ainda para tratar de outras questões controversas, que incluem a lei especial de financiamento, a autonomia fiscal e a transferência de competências às regiões. Participam das negociações quatro partidos flamengos – o liberal Open Vld, o socialista SP.A, o democrata-cristão CD&V e o ecologista Groen – e quatro francófonos – o ecologista Ecolo, o liberal MR, o democrata-cristão CDH e o socialista PS.
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