O governo brasileiro apoia a eleição do presidente interino da Venezuela, Nicolás Maduro, que venceu a eleição presidencial venezuelana nese domingo (14/04). O ministro das Relações Exteriores, Antonio Patriota, elogiou nesta segunda-feira (15) o “espírito democrático” que prevaleceu durante o pelito e parabenizou Maduro. Segundo ele, a tendência é que Brasil e a Venezuela estreitem ainda mais suas relações bilaterais.
“A Venezuela é um país-membro do Mercosul. É nosso parceiro e a expectativa não poderia deixar de ser outra, senão prosseguirmos com um caminho de relações cada vez mais estreitas e profundas. Felicito o presidente Maduro por sua vitória. Reafirmamos nossa posição de seguirmos trabalhando muito estreitamente”, disse Patriota, após encontro com o chanceler da Guatemala, Luis Fernando Carrera.
Patriota ressaltou que as autoridades brasileiras e venezuelanas estão permanentemente em contato. De acordo com o ministro, há reuniões a cada três meses para discutir uma série de assuntos comuns – agricultura, gestão pública, o programa de casas populares executado na Venezuela seguindo o exemplo brasileiro, e a integração no Amazonas.
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Ao ser perguntado como o Brasil pode colaborar com a Venezuela na busca de medidas que visam à recuperação econômica do país, Patriota disse que haverá nas próximas semanas uma reunião entre os embaixadores Veronica Guerrero, da Venezuela, e Antonio Simões, do Brasil.
Na eleição de domingo (14/04), Maduro obteve 50,66% dos votos e o candidato derrotado, Henrique Capriles, 49,07%. Porém, a oposição levantou dúvidas sobre o processo eleitoral, indicando que houve irregularidades, e pediu a recontagem dos votos. No entanto, Patriota e Carrera reafirmaram a confiança no processo eleitoral.
O chanceler guatemalteco também destacou que os princípios democráticos foram respeitados durante as eleições na Venezuela. “A institucionalidade na Venezuela é suficientemente forte”, disse Carrera, que veio ao Brasil para assinar acordos de parcerias nas áreas de criação de um banco internacional de leite, eletrificação rural, alfabetização e infraestrutura.